Seleção da Espanha ganha Prêmio Príncipe de Astúrias
Foi o seu grande segredo. A seleção parecia um grupo de amigos jogando e se divertindo com o basquete. Pode parecer muito simples, mas é a autêntica realidade. Durante a temporada, cada um por seu clube, os jogadores são autênticos profissionais que dão o máximo em seu trabalho, com excelentes resultados; mas na seleção, a profissão dá lugar à paixão.
Não há outra maneira de explicar o grande rendimento da equipe, que teve José Vicente Hernández como comandante.
O resultado foi arrasador: nove jogos de preparação e nove vitórias, nove jogos oficiais no Japão e nove vitórias.
José Manuel Calderón, Carlos Cabezas, Berni Rodríguez, Felipe Reyes, Juan Carlos Navarro e Pau Gasol, campeões em 99, formaram o núcleo do grupo, com o reforço de Navarro e Pau.
Carlos Jiménez, o capitão, e Jorge Garbajosa sempre gostaram de equipes nas quais a amizade, o companheirismo e o sacrifício são mais importantes que tudo. O egoísmo do craque de elite não teve vez.
Os mais novos, Sergio Rodríguez, Marc Gasol, Alex Mumbru e Rudy Fernández, também captaram o conceito e entraram como sócios do clube.
O resultado foi a capacidade de superação mostrada na final do Mundial, contra a Grécia. Calderón e Cabezas estavam com problemas físicos e Felipe Reyes tinha passado oito dias parado. Mas todos entraram em quadra dando tudo para ganhar o ouro.
Agora, depois de descanso com a família e os amigos, cada um voltará ao trabalho e aos treinamentos. Até o ano que vem, quando todos terão encontro marcado para jogar basquete por prazer e amor, no Campeonato Europeu, na Espanha.
O júri dos prêmios Príncipe de Astúrias dos esportes poucas vezes teve uma escolha tão fácil.
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