Primeiro-ministro chinês tentará melhorar relações com a UE
Segundo o Ministério de Relações Exteriores da China, Wen assistirá em Helsinque à Conferência Ásia-Europa (Asem) e se reunirá com o Alto Representante para a Política Externa e Segurança da UE, Javier Solana.
Depois, no Reino Unido, deverá se reunir com o chefe de Governo britânico, Tony Blair. Na Alemanha, participará de uma reunião empresarial entre China e UE, em Hamburgo, e se reunirá com a primeira-ministra alemã, Angela Merkel.
"A UE é o maior parceiro comercial da China e é normal que existam problemas. O importante é manter uma comunicação fluente e consultas para buscar soluções", disse em entrevista coletiva o subdiretor geral do Departamento de Assuntos Europeus do Ministério, Li Nianping.
As relações entre China e UE vivem um momento delicado, com o agravamento das disputas comerciais, acusações de excesso de protecionismo chinês, críticas à ineficiência chinesa na luta contra a pirataria e denúncias sobre a situação dos direitos humanos no país asiático.
"Algumas companhias acham que há dificuldades para investir na China, mas eu acho que há um grande clima de investimento atraindo muitas firmas. Investir na China dá excelentes lucros e acho que o futuro será cada vez melhor", disse Li.
Sobre a pirataria, o próprio Wen pediu "mais tempo" e lembrou "o compromisso de Pequim com a proteção dos direitos de proteção intelectual".
Outra questão espinhosa, o embargo de armas, estará também nas conversas de Wen com os líderes europeus.
"A posição chinesa é bem conhecida. O embargo é um produto da Guerra Fria, defasado. Esperamos que a UE honre seus compromissos e suspenda o veto logo", declarou.
O câmbio do iuane e os atritos em setores como a indústria de calçados estarão também na pauta das conversas. Além disso, a agenda deve incluir os principais conflitos internacionais, entre eles, os do Irã, Coréia do Norte e Oriente Médio, explicou na entrevista coletiva Chen Xu, subdiretor geral do departamento de organizações e conferências internacionais.
Sobre a crise nuclear norte-coreana, o primeiro-ministro reiterou a posição chinesa que "impor sanções não levará necessariamente a uma solução pacífica e pode ser inclusive contraproducente".
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