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Operação Daniel faz analogia entre passagem bíblica e atuação de servidor do Ibama
O servidor recebeu propostas indecorosas e até ameaças de morte. "Ou você aceita este esquema ou vai morrer, a vida aqui não vale nada", disse-lhe um dos servidores corruptos que teve a prisão decretada na Operação Daniel, deflagrada, nesta manhã, em Ji-Paraná (RO). Com conhecimento da Polícia Federal, da direção do Ibama e autorização judicial, o atual "Daniel" simulou conivência com a quadrilha.
Chegou a receber mais de R$ 20 mil em propina para sumir com a primeira via de Autorizações de Transporte de Produtos Florestais - irregularidade comum praticada pelos cooptados - para evitar a comprovação de venda de madeira em volume superior ao que a empresa estava legalmente autorizada a explorar. Em geral, a madeira era ilegalmente extraída de unidades de conservação e de terras indígenas em Rondônia. O principal destino: Santa Catarina.
As conversas com os corruptores estão registradas em 36 vídeos, gravados com autorização judicial. As cenas são chocantes. "Este servidor merece muito destaque", elogiou o diretor executivo da Polícia Federal, Zulmar Pimentel, aos mais de 200 policiais federais reunidos em Ji-Paraná antes do início da operação. O diretor comparou a coragem do analista ambiental ao do jovem Daniel, por isso a operação foi batizada com este nome. Na passagem bíblica, Daniel é jogado na cova dos leões, com outros três jovens, mas nada aconteceu a eles por terem resistido às tentações. No caso do jovem servidor, uma vez encerrado o trabalho em Ji-Paraná, ele será removido para outro estado.
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