Escolher nome do bebê é tarefa difícil para realeza do Japão
No caso do príncipe Akishino, que pode ter que escolher o nome de um futuro imperador, a tarefa é ainda mais difícil — e terá que ser concluída em uma semana.
Sua esposa, a princesa Kiko, tem seu parto por cesárea marcado para a quarta-feira, e, se a criança for do sexo masculino, será o primeiro menino nascido da família imperial em mais de 40 anos. Pelas leis atuais, apenas homens podem suceder ao trono.
Como Akishino não é herdeiro direto ao trono dos Crisântemos, já que é apenas o segundo filho do imperador, ele é autorizado a escolher os nomes de seus filhos, em lugar de deixar isso a cargo de seu pai, o imperador Akihito.
As duas filhas mais velhas dele e de Kiko, as princesas Mako e Kako, receberam nomes de duas sílabas para refletir o de sua mãe, informou o semanário Shukan Bunshun em sua edição mais recente.
Segundo Yasuo Ohara, professor de conhecimentos clássicos na Universidade Kokugakuin, em Tóquio, o novo bebê provavelmente também receberá um nome composto de dois caracteres.
Os nomes dos imperadores tradicionalmente terminam em "hito", que significa o mais elevado padrão moral, e os nomes das mulheres da realeza terminam em "ko", que significa mulher da nobreza.
O nome de nascimento de Akishino é Fumihito; seu irmão mais velho é o príncipe herdeiro Naruhito, e o avô deles foi o imperador Hirohito, que governou o Japão na época da 2a Guerra Mundial.
Numa cerimônia simples realizada sete dias após o nascimento de Kako, Akishino colocou sobre o travesseiro da menina uma caixa de madeira contendo seu nome escrito numa folha de papel "washi" feito à mão.
O nome que estiver na caixinha de madeira na próxima semana pode influenciar uma geração inteira de crianças japonesas.
Quando Naruhito nasceu, em 1960, ele recebeu o título infantil de príncipe Hiro. Naquele ano, quatro nomes com o caractere "hiro", encabeçados por "Hiroshi", entraram para a lista dos dez nomes masculinos mais populares do país.
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