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Internacional
Terça - 05 de Setembro de 2006 às 08:15

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A mais alta instância da Justiça Eleitoral mexicana vai acabar na terça-feira com toda a incerteza sobre o pleito presidencial ao declarar o governista Felipe Calderón presidente eleito, afirmaram fontes próximas ao tribunal.

A decisão do tribunal — à qual não cabe recurso — será anunciada dois meses depois de análises e investigações de denúncias de fraude feitas pelo oposicionista Andrés Manuel López Obrador, que liderou uma série de protestos em todo o país.

A sessão com os sete magistrados do tribunal teria início às 8h (10h pelo horário de Brasília), e duas fontes próximas ao tribunal disseram que Calderón será confirmado presidente eleito no pleito de 2 de julho. Segundo a apuração, ele teve uma vantagem de apenas 0,58 ponto percentual sobre seu adversário.

López Obrador exigia uma nova recontagem dos votos, mas o tribunal decidiu refazer a apuração de apenas 9 por cento das seções eleitorais. O resultado dessa recontagem parcial não alterou significativamente o resultado final.

Um representante da esquerda admitiu que o tribunal ratificará o resultado da eleição e a vitória de Calderón. Ele afirmou que só haverá diálogo entre os dois candidatos se o governista renunciar ao cargo "que vai ganhar de presente".

Embora os observadores internacionais tenham afirmado que não houve irregularidades graves nas eleições, o esquerdista promete continuar protestando. O ex-prefeito da Cidade do México lidera há semanas os acampamentos montados na Zócalo, a principal praça da cidade, e na elegante avenida Paseo de la Reforma, provocando caos no trânsito da capital.

Dentro do movimento de resistência civil liderado por López Obrador, parlamentares esquerdistas tomaram na sexta-feira o palanque do Congresso e impediram o presidente Vicente Fox de ler seu último informe de governo. Foi a primeira vez na história do México que um presidente não pôde apresentar o relatório.

Líderes esquerdistas afirmam que a situação pode se repetir no dia 1o. de dezembro, dia da posse do novo presidente no Congresso.

López Obrador, que propôs a seus defensores que o declarem o presidente "legítimo" na autointitulada convenção nacional democrática convocada para o dia 16 de setembro, já havia pedido a eles que protestassem caso Calderón obtivesse a vitória no tribunal.

A esquerda acusa o governo de Fox de ser o autor de parte das supostas fraudes eleitorais.





Fonte: EFE

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