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Internacional
Terça - 05 de Setembro de 2006 às 06:40

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O primeiro-ministro cambojano, Hun Sen, prometeu hoje que enquanto governar não permitirá a realização do concurso de beleza Miss Camboja, porque na sua opinião se trata de uma coisa frívola e desnecessária.

"O que os cambojanos querem é comida e transporte. Miss Camboja não é uma necessidade. Enquanto eu estiver no poder, não autorizarei a competição", disse o chefe de Governo, durante um ato público na província de Svay Rieng, retransmitido pela rádio nacional.

O Ministério de Cultura cambojano havia anunciado em 27 de julho um acordo com os organizadores. Após 40 anos, o concurso de Miss Camboja voltaria a ser disputado, mas sem desfile em trajes de banho.

No entanto, em 16 de agosto o acordo foi rompido, com a volta da proibição.

O primeiro-ministro do Camboja afirmou hoje que a competição trouxe azar ao país no passado. A "prova", citou, foi o incêndio que destruiu o Teatro Bassac, em Phnom Penh, em 1994, logo depois de o local receber o concurso de beleza.

O governante mandou fechar no começo do ano um programa de televisão no qual uma participante dançou de forma muito provocante para a sensibilidade tradicional cambojana.

Outras medidas em defesa da "moral tradicional budista" foram desautorizar os telefones celulares de terceira geração, para que sejam usados para transmitir pornografia, e punir o adultério com um ano de prisão.

Hun Sen disse que o Camboja não precisa de uma cara bonita para se promover no exterior, já que conta com os templos de Angkor, a antiga capital do império Khmer, declarada patrimônio da humanidade pela Unesco.

O primeiro-ministro governa o Camboja desde 1985. Nas últimas eleições, o Partido do Povo do Camboja (PPC) obteve 73 das 123 cadeiras parlamentares, com 59,3% dos votos válidos.





Fonte: EFE

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