Inauguração da Cidade do Samba empolga no Rio

"Impecável!". Essa foi a palavra usada pelo coreógrafo Carlinhos de Jesus, diretor-geral do show inaugural da Cidade do Samba, para definir o espetáculo, que teve a duração de uma hora e vinte minutos na noite desta segunda-feira, e encerrou o primeiro dia de visitação.

Batizado de "Cidadão Samba", o show que acontecerá sempre às quintas-feiras, a partir de 14 de setembro, teve início às 20h55, com mestre Ciça fazendo a saudação para uma platéia de aproximadamente 1.500 pessoas. Em seguida, os intérpretes Clóvis Pê e Nêgo Martins começaram cantando "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, enquanto 12 passistas mostravam a ginga da mulher brasileira.

O roteiro seguiu com dois casais de gafieira dançando ao som de "Samba da minha terra", de Dorival Caymmi. Ubirajara e Lucinha Nobre (Unidos da Tijuca) e Julinho e Simone (Viradouro) se apresentaram logo após, bailando com o samba "Mestre-sala dos mares", sucesso na voz de Elis Regina.

Um dos grande momentos da noite foi a evolução do corpo de baianas que rodopiaram ao som de "O que que a baiana tem" e "Ê baiana", ambas do repertório de Clara Nunes. Vindas da Imperatriz Leopoldinense, o grupo tem como destaque, Maria Helena, ex-porta-bandeira da agremiação.

Destaques de carro-alegórico também estavam na apresentação. Dois deles encantaram a platéia com suas fantasias deslumbrantes desfilando com o "Samba do Avião", de Tom Jobim.

No final, uma seleção com um samba-enredo de cada escola do Grupo Especial marcou o fim do show no palco e iniciou o mini-fesfile que percorreu cerca de 500m na pista em volta dos barracões.

O público pôde vestir fastasias e desfilar junto com os artistas da Cidade do Samba. Maria Celina Fontes, de 37 anos, moradora do Catumbi era uma das mais animadas. "Nunca pensei que pudesse sair numa escola de samba vestindo uma fantasia tão bonita", exaltou Maria Celina.