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Internacional
Terça - 05 de Setembro de 2006 às 04:10

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O Irã acredita que, se o Conselho de Segurança da ONU decidir a impor sanções por causa do seu programa de enriquecimento de urânio, todas as partes envolvidas perderiam muito.

"Esperamos que o Conselho de Segurança não chegue a impor sanções. Mas não nos sentiríamos intimidados. Se essa for a decisão, as outras partes também perderiam muito", disse hoje o embaixador iraniano em Manila, Jalal Kalantari.

Num encontro com correspondentes estrangeiros, ele defendeu o direito "inegável" do Irã a desenvolver energia nuclear para fins pacíficos. Também afirmou que "não há base legal para envolver o Conselho de Segurança" no caso, que deve ser discutido "de um ponto de vista técnico, e não político, por parte da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)".

"Optamos pelo caminho da negociação e da cooperação com a AIEA, e dissemos ao grupo formado por EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha que estamos dispostos a cooperar sem pressões e sem pré-condições", acrescentou o embaixador.

O representante iraniano insistiu que ceder neste ponto "abriria um precedente" muito grave.

"O caso do Irã pode se aplicar a qualquer outro país em desenvolvimento que queira produzir energia nuclear para melhorar a vida e o bem-estar de seu povo. O Ocidente poderia bloquear a busca de prosperidade de outros países", disse.

Ele citou dados sobre a necessidade do Irã de buscar fontes de energia alternativas ao petróleo para suprir suas necessidades de crescimento econômico e de população. "Em vinte anos, o país passará a ser importador de energia" se não desenvolver alternativas, previu.

Kalantari afirmou que desde a Revolução Islâmica o país tem sido vítima de uma "campanha de obstrução, intervenção e desinformação".

O diplomata disse que a usina nuclear de Bushehr, que está sendo construída com ajuda russa, "poderá começar a funcionar em meados de 2007", mas "não há ainda uma previsão para construir outras".




Fonte: EFE

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