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Cidades/Geral
Terça - 05 de Setembro de 2006 às 03:19
Por: Gleid Moreira

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Funcionário concursado da Caixa Econômica Federal (CEF) e aluno do 5º ano de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Marcos Mendes de Arruda, 30, foi preso em flagrante pela Polícia Federal (PF), na manhã de ontem, por uso de documento falso durante o vestibular do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet-MT). Arruda fazia a prova no lugar de Mário Santos Aguiar, que está foragido.

O rapaz não ofereceu resistência ao ser preso e admitiu a culpa. Em depoimento na PF na tarde de ontem, disse que só falaria em juízo e não quis revelar o quanto receberia para fazer a prova no lugar de outro. Justificou dizendo que Aguiar era seu amigo, conforme o delegado Dennis Cali, que ouviu o rapaz.

A fraude só foi detectada no segundo dia do exame, que começou no domingo (03), por meio de uma denúncia recebida pela direção do Cefet, conforme o diretor administrativo e de planejamento, José Bispo Barbosa. Bispo relatou que a denúncia não foi anônima e que a pessoa que delatou Arruda passou todas as informações necessárias para que fosse possível identificar o fraudador, como nome e a sala em que ele estava.

Conforme o delegado, Arruda já é conhecido da PF não só pelo fato de já ter sido funcionário da instituição, quando teria trabalhado como contratado na Superintendência, mas também pelo fato de no ano passado ter sido preso em flagrante, pela primeira vez, por estar fraudando um concurso público para agente prisional do Estado. Na época ele ficou preso por três meses e receberia R$ 5 mil para fazer a prova, também se passando por outra pessoa.

Logo que a direção do Cefet tomou conhecimento do caso, a PF foi acionada e Arruda imediatamente preso. Ele estava com um Registro Geral (RG) falso, onde constam todos os dados de Aguiar, mas com a foto dele. De acordo com o delegado, ele usou espelhos diferenciados para falsificar o documento, mas também não quis dizer quem realizou a falsificação.

Arruda foi encaminhado ontem mesmo para a Cadeia Pública do município de Santo Antônio de Leverger, pois o fraudador também já foi aluno por dois anos da Academia de Formação de Oficiais da Polícia Militar.

Tanto Arruda quanto Aguiar devem responder pelo crime na Justiça. A pena para quem é pego usando documento falso varia de dois a seis anos de prisão. Este é o terceiro ano que acontecem exames vestibulares no Cefet e, de acordo com Bispo, esta foi a primeira vez que foi registrada uma fraude no concurso da instituição, que oferece quatro cursos, com uma média de oito alunos por vaga.

Para Bispo, a concorrência no Cefet não é considerada tão grande, pois segundo ele, grande parte da população ainda desconhece que o ensino na instituição é gratuito.




Fonte: A Gazeta

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