Presidente mundial da Ford cogitou contratar brasileiro para substituí-lo
"Sempre busco novos talentos para essa empresa. Se encontro alguém --e pensava que Carlos era um dirigente com um talento excepcional que poderia ajudar a sociedade--, eu contrato", afirmou.
Na entrevista, que só será publicada no dia 11 de setembro, Ford disse também que esteve disposto a ceder o próprio cargo para Ghosn.
Assim como a General Motors, a Ford divulgou um plano de reestruturação de suas operações para reverter a crise financeira e recuperar a competitividade perdida ante a montadoras japonesas.
Em dezembro do ano passado, a Ford anunciou que pretende fechar cinco fábricas na América do Norte, o que pode resultar no corte de cerca de 7.500 empregos.
Bill Ford disse, no entanto, que a empresa não busca neste momento um novo presidente e que se concentra no saneamento das finanças de suas unidades norte-americanas.
Os boatos sobre a contratação de Ghosn pela Ford começaram a circular em 2005. O chefe-executivo da Renault e da Nissan, entretanto, teria recusado a oferta devido ao controle da empresa pela família Ford, segundo reportagens publicadas na imprensa.
Publicamente Ghosn já afirmou apenas que negocia uma aliança mundial entre a Renault, a Nissan e a GM, que poderia ajudar a montadora norte-americana a reverter a crise enfrentada principalmente na América do Norte.
Segundo editorial publicado recentemente pelo "Wall Street Journal", Bill Ford teria telefonado para Ghosn para debater uma aliança com sua empresa caso fracassem as negociações com a GM.
Ghosn, que ficou famoso no mercado por ter reduzido os custos da Nissan e aumentado sua produtividade, nasceu no Brasil em 1954. Ele tem pais de origem libanesa, estudou no Líbano, cursou engenharia na França e hoje é apontado como um dos mais bem-sucedidos executivos brasileiros.
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