“Esse desaparecimento está me matando. Não estou preparada para perdê-la. Já fiz cartazes, banners, coloquei anúncio no carro de som duas vezes por dia, mas até agora ela ainda não foi encontrada, não tenho a mínima ideia como isso aconteceu”, declara a aposentada. Ela conta que a cachorra é muito especial. “Tenho um carinho imenso por ela, pois a ganhei dos meus filhos em um momento muito difícil que estava passando na vida. Estava há seis anos com depressão e não tinha mais forças. A Luninha me ajudou a superar essa doença”, afirma a aposentada.
Segundo ela, o bicho de estimação desapareceu enquanto ela tinha saído para visitar uma vizinha. “Cheguei em casa e perguntei meu filho onde estava a Luninha e ele falou que ela não estava aqui. Fiquei desesperada e saí na rua chamando ela pelo nome, parecendo uma louca. Em poucos minutos, cheguei a percorrer quase oito quarteirões atrás dela. Fiquei até 23h procurando e nada. Hoje, onde você perguntar por mim na região todo mundo conhece. Todos os vizinhos estão me ajudando nessa causa”, ressalta Oneide.
Mesmo triste e chorando muito, a aposentada garante que não vai desistir de encontrar a cachorra. “Já fui chamada de louca por causa disso, mas eu não vou parar de procurar a Luninha. Goiânia é grande, mas Deus é maior. Eu tenho muita fé que vou achá-la e todo dia coloco meu celular em cima da Bíblia, com um lenço que ganhei na igreja, e rezo pedindo para que ela apareça. A caminha e as roupas dela estão guardadas aguardando ela voltar”, declara a enfermeira aposentada, que explica a origem do nome da cachorra. “Coloquei o nome dela de Luninha porque a Luna, que é a minha cachorra de 17 anos, está perto de ir embora e isso irá amenizar um pouco a falta dela”, acredita.Atualmente, a aposentada cria 12 cachorros, mas afirma que a falta da cadela é notada a todo instante. “Um cachorro faz parte da vida da gente, faz parte da nossa família. Eu não imagino minha vida sem os meus cachorros. Eu não tenho Natal, Ano Novo e não viajo por muitos dias para não ficar longe deles. Eles são iguais filhos, conheço até o latido de cada um. Então, imagina como eu estou com o desaparecimento da Luninha”, enfatiza Oneide.
Superação
A cachorrinha desaparecida é considerada uma vencedora pela dona. Ela revela que um veterinário chegou a indicar que o bicho fosse sacrificado após ter um grave problema nos rins. “Seis meses depois que a ganhei, foi detectado que ela estava com cálculo renal em um dos rins. Com isso, chegou a ficar 11 dias internada e o doutor indicou que fosse feita a eutanásia, pois ela estava sofrendo muito. Porém, eu não quis e disse que enquanto ela tivesse lutando para viver, estaria do lado dela. E, um dia depois, ela teve uma melhora muito grande e começou a se recuperar. Foram oito meses de luta”, lembra a aposentada.
Durante o tratamento veterinário da cachorra, a aposentada chegou a gastar quase R$ 2 mil com diárias, quatro tipos de medicamentos, suplemento e ração especial, que deve usada durante a vida inteira do animal. “Teve vez que tive que escolher em comprar a ração e os medicamentos dela, ao invés de comprar alguma coisa aqui pra casa. Preferi comer arroz e ovo que deixar faltar a medicação dela. Somente a ração dela custa em média R$ 60 kg, que dura no máximo 20 dias”, ressalta Oneide.
A aposentada disse estar preocupada principalmente por causa do problema de saúde do animal. "O sistema imunológico dela ainda é baixo. A cada seis meses tenho que levá-la no veterinário para consultar e fazer exames. Eu tenho medo que ela não seja tratada com os devidos cuidados. Se ela comer outra ração que não seja a indicada, a saúde dela vai ficar comprometida”, salienta a dona da cachorrinha. Apesar da doença, a cadela tem uma vida praticamente normal, mas não pode ter filhotes.
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