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Nacional
Segunda - 04 de Setembro de 2006 às 13:54

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O advogado e ex-tutor de Suzane von Richthofen, Denivaldo Barni, disse nesta segunda-feira desconhecer os motivos que levaram à transferência de sua cliente, do Centro de Ressocialização de Rio Claro (175 km de São Paulo) para a Penitenciária Feminina de Ribeirão Preto (314 km de São Paulo).

Condenada a 39 anos e seis meses de detenção pela morte dos pais, Suzane, 22, foi transferida na noite do último sábado (2). A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) não deu detalhes sobre os motivos da transferência e informou apenas que tratou-se de um procedimento de rotina. A secretaria informou que Suzane não sofreu nenhum tipo de ameaça.

Barni disse que pretende se informar sobre os motivos da transferência. "Não sei o que aconteceu. A última vez que estive com a menina foi há dez dias e a única coisa que vi é que ela estava com os dedos machucados, de fazer pregadores de roupa", disse. "Queria saber o que houve. Lá há várias outras presas cumprindo pena de 20 e tantos anos, por que transferir justo ela [Suzane]?"

A penitenciária foi inaugurada em março de 2003 e tem capacidade para 310 presas. De acordo com a SAP, em 31 de agosto, o presídio registrava 326 detentas.

Cravinhos

Daniel, 25, e Cristian Cravinhos, 30, também condenados pela morte de Manfred e Marísia von Richthofen, em 2002, estão na Penitenciária 2 de Tremembé (138 km de SP).

No dia 22 de agosto, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou pedido de habeas corpus em favor dos irmãos Daniel e Cristian.

O pedido de liberdade foi indeferido pela 6ª Turma do STJ. Quatro magistrados votaram contra a libertação dos dois. Apenas o ministro Nilson Naves votou em favor de Daniel e Cristian.

Daniel e Suzane, namorados na época do crime, pegaram 39 anos e seis meses de prisão. Cristian recebeu pena um ano menor.

Marísia e Manfred foram mortos a golpes de porretes de ferro por Cristian e Daniel, na casa da família, no Brooklin (zona sul de São Paulo). Suzane ajudou a planejar o crime e abriu a porta da casa para que os irmãos executassem o crime.





Fonte: Folha de S. Paulo

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