Mixto é eliminado da Série C em jogo marcado por confusão e expulsões

O Mixto, último time mato-grossense que ainda tentava a classificação para a próxima fase do Campeonato Brasileiro da Série C, foi eliminado da competição. Neste domingo, o Mixto jogou no estádio Vivaldo Lima, em Manaus (AM), contra o Fast. Com seis pontos ganhos, dois a mais do que o adversário, o Mixto jogava por uma vitória simples, mas acabou sendo goleado por 4 a 0 em uma partida tumultuada.

Se tivesse conseguido a vitória, o Mixto estaria hoje na terceira fase, pois o segundo colocado do grupo 18, que garantiu a classificação, foi o Rio Negro (AM), com oito pontos. O Mixto poderia ter alcançado os nove pontos com uma vitória sobre o Fast. Mas o futebol mato-grossense mais uma vez não consegue realizar o sonho da Série B. Nenhuma das equipes conseguiu passar da segunda fase. O Operário já havia sido desclassificado na semana passada, jogou neste domingo contra o Ananindeua (PA) só para cumprir tabela.

A partida

O Mixto fez um bom jogo no primeiro tempo. A equipe resistiu bem e o time adversário e teve até chances de marcar o primeiro gol. Mas no segundo tempo a situação se complicou.

Valdir Leite da Silva, presidente do Mixto, disse ao RMT Online hoje de manhã que ainda não conversou com a comissão técnica, mas obteve informações sobre a derrota do Mixto e ficou sabendo que o jogo foi tumultuado, com várias expulsões. O presidente disse que é contra a participação da equipe na Série C devido ao alto custo e à falta de recursos para pagar todas as despesas da competição. Por isso, se afastou da administração do clube nessa competição, deixando a tarefa para alguns diretores que resolveram colocar o time no Campeonato. "Uma equipe que é bancada pela CBF como o Operário já encontra sérias dificuldades para disputar a Série C, imagine a gente, que tem que bancar tudo do bolso e com patrocínio. É muito complicado disputar esse campeonato", disse Valdir.

De acordo com informações veiculadas hoje na imprensa do estado do Amazonas, o sonho do Mixto durou até os 15 minutos do segundo tempo, quando o sofreu o primeiro gol, marcado por Cristiano Tiririca. O atacante tocou a bola para o gol, mas o goleiro André, do Mixto, teria feito a defesa em cima da linha. O árbitro assistente número dois, Gilbert Ferreira Costa, correu para o meio-de-campo confirmando o gol. Torcedores e jornalistas que assistiam à partida afirmaram que a bola não entrou. O time do Mixto não aceitou a marcação do gol e começou uma confusão.

Jogadores do Mixto e membros da comissão técnica partiram para cima do árbitro Francisco José de Castro (PA) e reclamaram muito da marcação. Indignados com o árbitro, que acatou a decisão do assistente e confirmou o gol, os jogadores mixtenses se desequilibraram emocionalmente. A partida ficou paralisada por mais de 20 minutos. Na confusão foram expulsos o massagista, o técnico Mosca e o zagueiro Elizeu, do Mixto.

O time voltou para o jogo e aproveitando, o nervosismo do time de Mato Grosso, o Fast ampliou o placar com Michel, LeMichell e o zagueiro Ricardo, que marcou um golaço em uma cobrança de falta.

Irritados, Alex Mineiro, Francis e Ronaldo Paulista do Mixto também foram expulsos. O Mixto terminou a partida com sete jogadores. No time do Fast, Janse também foi expulso.

A vitória não garantiu a classificação do Fast. River (PI) e Atlético Rio Negro Clube (AM), empataram em 0 a 0. Os dois times garantiram as duas vagas do grupo 18.

Operário

Só para cumprir tabela, o Operário jogou com o Ananindeua (PA) e empatou em 2 a 2. Com o resultado, Ananindeua e Tuna Luso, os dois do Pará, se classificaram para a próxima fase no grupo 17.

A diretoria do Operário informou que hoje de amanhã divulgaria uma lista com os nomes dos jogadores que serão dispensados, mas até o momento não há confirmação de dispensas.