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Economia
Segunda - 04 de Setembro de 2006 às 10:37

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Uma pesquisa encomendada pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) e o Sindicato Nacional de Editores de Livros (Snel) confirmou um aumento no número de compras de livros em supermercados no país. Aqueles que achavam que obras literárias eram adquiridas apenas em livrarias e shoppings se enganam. Ainda de acordo com a pesquisa, os leitores também deixaram de comprar os livros pela internet registrando uma queda nas vendas entre os anos de 2004 e 2005 de 7,29%.

Em 2004 foram comercializados em supermercados mais de dois milhões de livros. Já em 2005 foram vendidos mais de três milhões, o que significou um aumento de 60,83%. Pela internet foram vendidos mais de 866 mil livros em 2004, sendo que em 2005 os registros confirmam pouco mais de 802 mil vendas.

As bancas de revistas também foram bastante procuradas. Em 2004, os números confirmaram que foram comercializados mais 866 mil livros. Já no ano passado, mais de 1 milhão de livros foram vendidos nas bancas, gerando um aumento de 48,19%.

Pesquisa

Segundo o gerente de comunicação da Câmara Brasileira de Livros (CBL), Dênis Zanini Lima, a pesquisa é realizada anualmente em todo Brasil. "A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) encaminha um questionário para as editoras para que elas respondam sobre o público que comercializa os livros. As editoras não são obrigadas a responder, mas com base nessas informações, monta-se um balanço referente à venda de livros. Infelizmente os números não são separados por estados, porque há casos onde existem 10 editoras por exemplo, mas só três respondem", disse Dênis Lima.

De acordo com a responsável pelo setor de livros de um supermercado na região do CPA, em Cuiabá, Juliana de Paula, ao contrário do que revela a pesquisa, especificamente naquela loja, o número de vendas caiu em comparação com o ano passado. "O setor de livros é pouco visitado aqui. Não vendemos muitos livros. A média é de três livros por semana. Os homens são os que mais procuram por livros, principalmente os de auto-ajuda. As mulheres buscam mais pelos literários e aqueles que tratam de astrologia", disse Juliana.

Em outra loja de uma rede de supermercados na região do CPA, a gerente de livros Karine Nunes afirma que a venda é de um a dois livros por dia. "O público masculino é o maior consumidor de obras literárias. Nós vendemos mais é na época do período escolar. Diariamente é bastante tranqüilo", disse a gerente. "Acho que as pessoas procuram os supermercados para comprar livros por conta da comodidade. É mais prático e fácil, pois enquanto se faz a compra de alimentos dá para aproveitar e levar um livro", conta Karine.

A estudante de Comunicação Social Kátia Paola de Oliveira diz que prefere comprar livros pela internet. Apesar da pesquisa mostrar que dimuniu a venda online, a acadêmica afirma que prefere esse método por conta da facilidade de aquisição e economia. "Acho os livros da internet bem mais baratos. Por mais que demorem para chegar, os valores são bem menores, sem contar que a maioria dos sites não cobram pelo frete", relata Kátia.

Já a professora de educação física Selma Martins, uma leitora freqüente de livros, explica que, pela falta de tempo e a correria do dia-a-dia, ela pouco passa por livrarias e as última aquisições foram feitas em supermercados. "A idéia da venda de livros em supermercados é ótima. Acho que agiliza a vida das pessoas que não têm tempo para dedicar algumas horas em uma livraria. Meus últimos cinco livros foram comprados em supermercados", afirma.





Fonte: RMT-Online

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