Olmert diz que por enquanto não haverá retirada da Cisjordânia

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse hoje no Parlamento (Knesset) que, por enquanto, "não é indicada" uma retirada do território ocupado da Cisjordânia, embora tenha reconhecido que "o problema mais urgente" de Israel "é solucionar a questão palestina".

Em sua primeira aparição na Comissão Parlamentar para Exteriores e Defesa, o chefe do Governo israelense reiterou assim uma decisão prévia de adiar a aplicação de seu "plano de convergência" para uma retirada da Cisjordânia, negociada ou unilateral.

Esse plano inclui também "fixar as fronteiras definitivas" de Israel com um futuro Estado palestino nesse território e na Faixa de Gaza e era o centro do programa político de Olmert quando, em maio passado, assumiu o poder como líder do novo Partido Kadima.

Olmert tinha indicado que, em princípio, seu desejo era negociar a retirada e o estabelecimento da fronteira com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, segundo o plano de paz conhecido como "Mapa do Caminho", ou fazê-lo de forma "unilateral", como ocorreu no ano passado com a Faixa de Gaza.