Imprensa argentina "esconde" derrota frente ao Brasil
"Enquanto o Brasil dava um baile sobre a Seleção do Coco (técnico Alfio Basile), o Boca foi uma máquina e despachou 2 a 0 sobre...", noticia o jornal em sua capa.
Se tentam "esconder" as reportagens sobre a vitória brasileira, os jornais do país não minimizam, no entanto, a atuação decepcionante da seleção de Alfio Basile e destacam que um Brasil sem estrelas foi brilhante com um Robinho inspirado e um Elano inteligente, que soube se aproveitar do corredor deixado no lado direito da seleção argentina.
"Perder para o Brasil nunca é uma derrota qualquer", opina o jornal esportivo Olé, conhecido por suas provocações aos brasileiros e por seu conteúdo criativo, "ainda mais por três gols, diante de uma equipe que lhe faltaram vários 'nenês'", completou, se referindo aos medalhões, como Ronaldo, Ronaldinho, Cafu, Roberto Carlos...
"Pelo contrário, brilhou Elano, do Shakhter Donetsk, da Ucrânia", se mostrando surpreso e de certa forma irritado pelo aproveitamento do ex-santista no "frágil" setor direito argentino. "Uma má cobertura sofreu com a aparição de um volante, que supostamente tem função defensiva".
Para concluir, o jornal afirma que as duas seleções estão em fase de transição, sendo que a de Dunga manterá a formação ofensiva do Brasil, enquanto que a de Basile vai "nos fazer sofrer".
Já o Clarín, diário mais equilibrado, diz que a Argentina não pode frear a contundência do Brasil. "A equipe de 'ratos' (como se refere aos argentinos) começou bem, mas terminou desequilibrada".
O La Nacion diz que um "un doloroso cachetazo recibió a Basile", lembrando que a imprensa do Brasil não perdoou a estréia de Dunga com um empate por 1 a 1 com a Noruega, em Oslo.
O La Capital chama atenção para o fato de que pareceu que o Brasil jogava em casa, pois a grande maioria dos "59.032 torcedores" estava a favor da seleção verde e amarela, no Emirates Stadium, estádio do Arsenal em Londres.
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