Doca Street diz que se arrepende de ter matado Ângela Diniz

Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, afirmou neste domingo em entrevista ao Fantástico que se sente arrependido por ter matado com quatro tiros sua mulher, Ângela Diniz, em dezembro de 1976. O crime, ocasionado por uma crise de ciúmes, se tornou um dos mais famosos do País e gerou a campanha "Quem ama não mata", que criticava a violência contra mulheres. "É muito dolorido você tirar uma vida, principalmente como a da Ângela", afirmou.

Esta é a primeira vez que Doca concede entrevista desde que foi condenado a 15 anos de prisão, na década de 80. Ele cumpriu um terço da pena.

Na entrevista, Doca afirmou que participaria hoje de uma passeata pelo direito das mulheres. "Faria questão de participar", afirmou, acrescentando que acredita que não seria rejeitado pelas feministas.

Doca declarou ainda que nunca mais teve contato com a família da ex-mulher e que, se pudesse, pediria perdão a eles. "Nunca mais tive coragem, minha presença para eles é um horror", afirmou, emocionado. Doca está lançando sua autobiografia, Mea Culpa, escrita na prisão.