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Internacional
Sábado - 02 de Setembro de 2006 às 15:20

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Finlândia - Os ministros de Assuntos Exteriores da União Européia (UE) deram hoje um novo prazo ao Irã para que suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio, mas advertiram que o tempo é limitado. Os ministros pediram ao alto representante de Política Externa e Segurança Comum da UE, Javier Solana, que se reúna com o principal negociador iraniano, Ali Larijani, para esclarecer sua "complexa" resposta de 21 páginas à oferta internacional feita a Teerã em troca da suspensão das atividades.

No fim de uma reunião informal de dois dias em Lappeenranta, no sudeste da Finlândia, sobre a crise iraniana, Solana disse que é necessário ainda determinar a data e o lugar do encontro com Larijani. Porém, garantiu que "será no início da próxima semana", na Europa.

"Não há um prazo" para o Irã, afirmou Solana, que espera que o encontre não demore, porque "é necessário apenas uma, ou provavelmente duas sessões, para esclarecer a resposta".

O alto representante disse ainda que os iranianos "estão conscientes da urgência".

"(Os europeus) Querem dar espaço e tempo para o alcance de uma solução diplomática, mas também não vai ser um tempo ilimitado", declarou o ministro de Assuntos Exteriores espanhol, Miguel Ángel Moratinos.



Proposta A UE e os seis países que fizeram a oferta a Teerã - EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha -, mantiveram uma frente unida diante de Teerã, embora Washington prefira impor sanções no Conselho de Segurança da ONU, e a UE, esgotar a via diplomática.

"Utilizaremos todas as oportunidades para retornar à mesa de negociações", declarou hoje o ministro alemão, Frank-Walter Steinmeier, acrescentando: "Não estamos fechando a porta, mas o Irã tem que mostrar um sinal de reciprocidade".

No entanto, e embora Solana tenha considerado "construtivas" todas as suas conversas telefônicas com Larijani, o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, frisou que "a nação unida do Irã resistirá para utilizar todo seu conhecimento nuclear e não renunciará, nem em uma pequena parte, a seus direitos nucleares".



Avaliação dos resultados Os resultados da reunião entre Larijani e Solana serão avaliados formalmente em 15 de setembro em Bruxelas, no Conselho de Assuntos Gerais e Relações Exteriores da UE, o que deixa uma margem a Teerã, depois que o prazo dado pelo Conselho de Segurança da ONU expirou nesta quinta-feira.

No entanto, a ministra francesa de Assuntos Europeus, Catherine Colona, advertiu que, apesar deste compasso de espera, "já foi iniciada uma reflexão nas Nações Unidas".

"É normal que, após constatar que o Irã não aplicou a resolução (da ONU), reflitamos sobre as conseqüências e as diferentes hipóteses apresentadas a nós", disse.



Próxima reunião Analistas dos seis países que fizeram a oferta a Teerã, que inclui vantagens econômicas e tecnologia nuclear de ponta para uso civil, se reunirão em 7 de setembro, em Berlim, para discutir os próximos passos a serem dados.

Um debate no Conselho de Segurança sobre sanções contra o Irã pode ameaçar a unidade atingida pelos seis países no momento em que fizerem sua oferta ao Irã, segundo fontes diplomáticas, algo que a UE quer evitar.

Steinmeier disse neste sábado que não é interessante que a pressão por deliberações no Conselho de Segurança aumente nos próximos dias e semanas.





Fonte: EFE

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