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Paraguai quer tratamento especial no Mercosul
As economias menores do Mercosul enfrentam muitas dificuldades de acesso aos mercados e merecem um tratamento especial que lhes permita buscar alternativas comerciais fora do bloco, afirmou o ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Rubén Ramírez Lezcano.
Dez dias depois de assumir o cargo, Lezcano assegurou que o Mercosul deve ser aperfeiçoado para que acabem os obstáculos burocráticos e barreiras não-tarifárias que impedem o desenvolvimento industrial de seu país.
"Assim como está, o Mercosul não é suficiente. O Mercosul funciona, mas com muitas dificuldades", disse ele à Reuters na sexta-feira.
"O que buscamos são alternativas reais de se encontrar oportunidades para rentabilizar o desenvolvimento de nossa economia. O Paraguai não vai se negar jamais a nenhuma alternativa para buscar estes mercados", acrescentou.
Paraguai e Uruguai, as menores economias do bloco, que tem ainda Argentina, Brasil e a recém-ingressada Venezuela, reclamam há meses de maior atenção de seus principais sócios para reduzir assimetrias internas.
Ambos os países têm falado da possibilidade de assinar tratados de livre comércio bilaterais extra-regionais, o que é proibido pelas regras do Mercosul.
Ramírez pediu um tratamento especial e diferenciado que permita a seus país, um dos mais pobres da região, gerar as condições para um avanço econômico.
"Temos visto muitos projetos frustados de desenvolvimento porque se acreditou que apenas com a eliminação das barreiras tarifárias havia condições de se desenvolver o comércio, e isso não tem ocorrido", afirmou ele, um diplomata de 40 anos.
"Existem outros mecanismos, obstáculos comerciais, obstáculos técnicos, barreiras não-tarifárias que têm impossibilitado um desenvolvimento industrial do Paraguai", acrescentou.
O Paraguai exporta basicamente matérias-primas e tem o Brasil como principal sócio comercial.
O saldo da balança comercial paraguaia com os países do Mercosul registrou um déficit de 663 milhões de dólares em 2005, e de 58 milhões de dólares no primeiro semestre de 2006. As exportações paraguaias cresceram nos últimos 18 meses devido a abertura de mercados fora do Mercosul, principalmente para a carne bovina.
COM OS EUA
Ramírez também assegurou que o Paraguai pretende fortalecer as relações comerciais com os Estados Unidos, num momento em que empresários locais pressionam o governo por uma aproximação com Washington.
"Não existe uma negociação de livre comércio com os EUA. Existe, sim, uma negociação onde nós estamos buscando a oportunidade de um tratamento comercial a favor do Paraguai", disse.
O setor empresarial paraguaio é um dos críticos mais fervorosos do Mercosul, e seus representantes viajaram recentemente ao Uruguai para se informar sobre as negociações em andamento deste país com os EUA.
"Temos uma agenda importante com os EUA. Temos um déficit comercial substancial e nosso propósito é corrigir esse desequilíbrio e gerar oportunidades de acesso ao maior mercado do mundo", disse Ramírez.
"Assim como está, o Mercosul não é suficiente. O Mercosul funciona, mas com muitas dificuldades", disse ele à Reuters na sexta-feira.
"O que buscamos são alternativas reais de se encontrar oportunidades para rentabilizar o desenvolvimento de nossa economia. O Paraguai não vai se negar jamais a nenhuma alternativa para buscar estes mercados", acrescentou.
Paraguai e Uruguai, as menores economias do bloco, que tem ainda Argentina, Brasil e a recém-ingressada Venezuela, reclamam há meses de maior atenção de seus principais sócios para reduzir assimetrias internas.
Ambos os países têm falado da possibilidade de assinar tratados de livre comércio bilaterais extra-regionais, o que é proibido pelas regras do Mercosul.
Ramírez pediu um tratamento especial e diferenciado que permita a seus país, um dos mais pobres da região, gerar as condições para um avanço econômico.
"Temos visto muitos projetos frustados de desenvolvimento porque se acreditou que apenas com a eliminação das barreiras tarifárias havia condições de se desenvolver o comércio, e isso não tem ocorrido", afirmou ele, um diplomata de 40 anos.
"Existem outros mecanismos, obstáculos comerciais, obstáculos técnicos, barreiras não-tarifárias que têm impossibilitado um desenvolvimento industrial do Paraguai", acrescentou.
O Paraguai exporta basicamente matérias-primas e tem o Brasil como principal sócio comercial.
O saldo da balança comercial paraguaia com os países do Mercosul registrou um déficit de 663 milhões de dólares em 2005, e de 58 milhões de dólares no primeiro semestre de 2006. As exportações paraguaias cresceram nos últimos 18 meses devido a abertura de mercados fora do Mercosul, principalmente para a carne bovina.
COM OS EUA
Ramírez também assegurou que o Paraguai pretende fortalecer as relações comerciais com os Estados Unidos, num momento em que empresários locais pressionam o governo por uma aproximação com Washington.
"Não existe uma negociação de livre comércio com os EUA. Existe, sim, uma negociação onde nós estamos buscando a oportunidade de um tratamento comercial a favor do Paraguai", disse.
O setor empresarial paraguaio é um dos críticos mais fervorosos do Mercosul, e seus representantes viajaram recentemente ao Uruguai para se informar sobre as negociações em andamento deste país com os EUA.
"Temos uma agenda importante com os EUA. Temos um déficit comercial substancial e nosso propósito é corrigir esse desequilíbrio e gerar oportunidades de acesso ao maior mercado do mundo", disse Ramírez.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/278084/visualizar/
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