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Internacional
Sábado - 02 de Setembro de 2006 às 09:49

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, prometeu que, se ganhar as próximas eleições, convocará um referendo em 2010 para validar seu mandato. Com isso, tentaria eliminar os limites fixados pela Constituição à reeleição presidencial.

Chávez promoveu em 2000 uma reforma da Carta Magna aprovando a possibilidade de reeleição por dois períodos consecutivos. A mudança provocou críticas da oposição, que acusa o mandatário de estar aumentando sua influência nas instituições para se manter no poder.

O presidente venezuelano foi aclamado na sexta-feira por uma multidão em sua chegada de uma viagem internacional, em que firmou acordos com China, Malásia, Síria e Angola, países que prometeram seus votos à candidatura do quinto maior exportador de petróleo do mundo por um assento não-permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Vestido com sua habitual camisa vermelha, o líder esquerdista formulou as duas perguntas que, no caso de ganhar as eleições de 3 de dezembro, seriam submetidas a consulta popular em 2010.

"Você está de acordo com que Hugo Chávez continue sendo presidente da Venezuela? Sim ou não, o povo responderá", disse ele ante milhares de simpatizantes, que gritaram em coro: "sim."

"Segunda pergunta: Se sua resposta anterior é positiva, está você de acordo com que Hugo Chávez volte a se reeleger para o próximo mandato? Sim ou não", acrescentou, obtendo um outro "sim" de seus militantes.

O governante explicou que, então, promoveria uma nova reforma constitucional para que deixem de existir limites ao número de vezes que um presidente possa ser reeleito.

"Se a maioria diz que sim, então teria que modificar a Constituição, com a aprovação do povo, para que a reeleição na Venezuela seja indefinida", afirmou Chávez. Segundo ele, "nesta ocasião, ninguém precisará recolher assinaturas."

Em 2004, Chávez se saiu vitorioso num referendo revogatório ativado por milhões de assinaturas recolhidas por seus adversários, que posteriormente acusaram o governo de ter manipulado a votação.

Contudo, os observadores internacionais não se opuseram ao resultado.

Chávez, que qualifica seu governo de "revolucionário socialista" aparece como favorito nas primeiras pesquisas para as eleições presidenciais e mantém altos índices de popularidade.





Fonte: EFE

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