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Cidades/Geral
Sábado - 02 de Setembro de 2006 às 07:05

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O Hospital Amparo, mantido pela instituição filantrópica Associação Municipal de Proteção e Assistência de Rosário Oeste, está passando por sérios problemas financeiros. Segundo o diretor clínico do estabelecimento, dr. Everaldo França Barreto, a situação, que já estava complicada, se agravou ainda mais por causa da redução, este ano, do número de Autorizações de Internação Hospitalar (AIHs). O volume de recursos diminuiu consideravelmente, enquanto houve um aumento de despesas, com reajuste de salários dos funcionários e nos preços de material hospitalar e medicamentos. “Dependemos do repasse do SUS”, frisou ele, lembrando que não há como substituir por outras fontes de recursos.

Por conta desse quadro, o hospital vem tendo dificuldade para pagar os salários dos funcionários. De acordo com Barreto, eles estão atrasados dois meses em média. Apesar disso, a instituição continua funcionando, graças ao auxílio da prefeitura e de medidas que vêm sendo implementadas, como eventos e promoções. “Todos os esforços estão sendo envolvidos para mantê-lo aberto”, diz. O Hospital Amparo foi criado em 1968 e representa hoje um importante reforço no atendimento à população, mesmo vivendo uma crise que vem se arrastando há algum tempo, defende o médico.

Barreto salienta que o maior volume de recursos vem das AIHs, cujo número é determinado com base em dados como o índice populacional. O médico informa que hoje o teto para o estabelecimento, instituído em janeiro deste ano, é de 73 AIHs, quando seriam necessárias cerca de 100. Há então um déficit de 30 AIHs, uma redução de um terço, calcula. Para o diretor clínico, é necessário ser feita uma revisão nos critérios para distribuição das autorizações, a fim de que levem em consideração as características dos municípios. Rosário Oeste, exemplifica, tem uma série de problemas na área de saúde, possui muitas famílias carentes. “Depende das condições dessa população, do IDH, das condições de vida. O que está faltando é um tratamento diferenciado. Não pode tratar todo mundo por igual”, conclui.





Fonte: Pau e Prosa

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