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Economia
Sábado - 02 de Setembro de 2006 às 01:55

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"A decisão da Justiça é uma forma de garantir a nossa sobrevivência", disse ontem o presidente em exercício da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Corral, em relação a liminar concedida pelo juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública de Cuiabá, Francisco Ferreira Mendes Neto, à ação impetrada pela entidade. A liminar determina a imediata suspensão das penhoras judiciais realizadas nas safras 2004/2005 e 2005/2006, em nome de agricultores filiados a Famato.

O juiz determinou ainda que penhoras futuras não sejam realizadas pelas 47 indústrias fornecedoras de insumos no país, entre elas, Bunge, Cargill, ADM, Monsanto, Amaggi, Nortox, Agrenco, Cheminova, Syngenta, Basf e Bayer. Os produtores rurais devem ser imediatamente excluídos dos cadastros da Serasa, SPC e Cadin.

Segundo Normando Corral, a ação da Famato foi impetrada com o intuito de viabilizar a renegociação dos débitos. "Nós não estamos pedindo para não pagar nossas dívidas. Nós queremos simplesmente conversar com os credores e negociar formas de pagamento como já foi feito em relação às dívidas do crédito rural".

Corral lembra que inúmeras tentativas para conversar com as empresas foram feitas pelo setor, uma delas, intermediada pelo próprio governador do Estado, Blairo Maggi, mas sem sucesso. "Eles não atenderam nossos apelos e não quiseram nos ouvir. Agora, através da Justiça queremos conversar com as empresas para que a gente consiga plantar a próxima safra". Normando ressalta que a renegociação representa a sobrevivência não só do produtor rural, mas de todo o Estado, que tem a economia baseada na agropecuária e indústria madeireira. A Famato espera que as empresas sentem para negociar com os produtores antes do prazo estipulado pela Justiça, em 4 de dezembro, deste ano.

A federação refuta a opinião do advogado de uma das empresas, João Celestino da Costa Neto, que em entrevista à Gazeta, em Cuiabá, considerou o resultado da sentença como "catastrófico". "Catastrófica é a situação que o Estado irá enfrentar caso a agropecuária continue como está".




Fonte: Da Assessoria

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