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Economia
Sábado - 02 de Setembro de 2006 às 01:19
Por: Adriana Fernandes

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BRASÍLIA - Os auditores da Receita Federal reagiram nesta sexta-feira à declaração em que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu parte da queda do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre à greve da categoria. O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais (Unafisco), Carlos André Nogueira, disse que a culpa do resultado do PIB fraco é da política econômica.

"Essa afirmação (do ministro) não tem sustentação. É uma tentativa de dividir com outros a responsabilidade", disse Nogueira. Segundo ele, a declaração do ministro deixou a categoria com uma imagem ruim perante a sociedade. "Fica parecendo que a nossa greve teve todo esse efeito sobre o resultado do PIB", ponderou ele.

Para explicar o desaquecimento da economia no segundo trimestre, o ministro Mantega, em entrevista, citou na quinta-feira como fatores de desaceleração do PIB a Copa do Mundo de Futebol, que diminuiu o número de dias de trabalho, a greve dos auditores da Receita e serviços de manutenção em plataformas da Petrobrás.

"A causa do fraco desempenho da economia está, principalmente, na alta tributação sobre o consumo, que retira o poder de compra da população, nos juros altos e na valorização do Real", afirmou o presidente do Unafisco. Ele ressaltou que a construção civil desacelerou, passando de 7% no primeiro trimestre para 2,6% no segundo. E o investimento recuou 2,2% em comparação com os três primeiros meses do ano.

Os auditores fiscais ficaram em greve por dois meses, de maio a junho. O movimento só foi suspenso depois que o governo acenou com a edição de uma medida provisória definindo reajustes salariais para várias categorias, entre elas a de auditor da Receita.




Fonte: Agência Estado

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