Droga vinha dentro de máquina de lavar
A prisão da dupla foi efetuada por volta das 9 horas, no momento em que os dois retiravam a máquina de uma transportadora da Capital e a colocavam no porta-malas de um Monza. A droga estava escondida no recipiente destinado à colocação das roupas e os traficantes tinham colocado junto a ela várias pedras de naftalina para disfarçar o cheiro do produto.
“Ou mesmo para confundir os cães farejadores, caso o eletrodoméstico sofresse uma fiscalização ou ainda para os transportadores não desconfiarem de nada”, observou um agente federal. Segundo o delegado federal Ciro Tadeu Moraes, a máquina de lavar foi despachada de Campo Grande no início da semana. Agentes federais daquela Capital começaram a monitorar a encomenda e avisaram a Polícia Federal de Mato Grosso.
Na Superintendência da PF em Cuiabá, Waldeir de Souza disse que iria receber R$ 100 pelo transporte da encomenda, mas não soube ou não quis informar onde deveria entregá-la. “Esse valor (de R$ 100) seria para levar a máquina até o Pedra 90, onde moro. Eu não sabia que tinha maconha na máquina. Achei que era um produto como outro qualquer”, explicou.
Para o delegado, transportar drogas em eletrodomésticos é uma prática comum usada por traficantes em todo o país. “A novidade é fazer isso em Mato Grosso”, lembrou. Ciro Tadeu acrescentou ser novidade também o fato dos traficantes trazerem maconha para o Estado.
“As maiores apreensões (realizadas pela Polícia Federal) são de cocaína. Maconha é raro. Quase não tem”, completou. O próximo passo, conforme explicação do delegado, será descobrir quem despachou a droga e o destino final dela. Uma das suspeitas é que a droga tenha vindo de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai.
“Constatamos que a postagem foi feita em Campo Grande. É lógico que essa maconha veio do Paraguai”, disse o delegado. Levy e Waldeir foram presos em flagrante por tráfico de drogas. Eles serão levados para a Penitenciária Regional de Pascoal Ramos.
A tia deles, que chegou a ser levada a Superintendência da PF, acabou sendo inocentada de participação no crime pelos sobrinhos. “Os dois declararam que a tia nada sabia do esquema. Por isso, ela foi liberada”, informou um agente federal.
Comentários