Palestinos recebem promessa de ajuda de US$ 500 milhões
O anúncio ocorreu logo após o discurso do coordenador de ajuda humanitária da ONU, Jan Egeland, que comparou a situação na Faixa de Gaza a uma "bomba-relógio" prestes a explodir por causa da falta de apoio financeiro internacional.
A intenção da ONU era conseguir pelo menos US$ 330 milhões (cerca de R$ 730 milhões) dos doadores para retomar a ajuda aos palestinos.
Na véspera do encontro, o governo brasileiro havia anunciado que contribuiria com US$ 500 mil para projetos humanitários da ONU nos territórios palestinos.
"Bomba-relógio"
"Gaza é uma bomba-relógio. Não pode continuar como está, sem uma enorme explosão social", disse Egeland, em seu discurso. "E essa explosão social será a conseqüência de 1,4 milhão de pessoas sentirem que estão vivendo em uma jaula. Ninguém pode sair."
O coordenador de ajuda humanitária da ONU disse aos participantes da conferência que o mundo não deve permitir que a atual situação na Faixa de Gaza perdure por motivos morais e de segurança.
A maior parte da ajuda internacional que os palestinos recebiam foi cortada depois que o grupo militante Hamas venceu as eleições parlamentares, em janeiro deste ano.
Ao longo do ano, os Estados Unidos e a União Européia concordaram em retomar parte da ajuda, mas grupos de assistência humanitária dizem que isso não é suficiente.
Desde que um soldado israelense foi capturado por palestinos, em junho, o Exército de Israel tem realizado ataques e incursões na Faixa de Gaza, região de onde havia se retirado no ano passado.
Boa parte da já frágil infra-estrutura do território foi destruída e agora os palestinos sofrem com falta de eletricidade por até 18 horas por dia e com falta de água constante.
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