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Nacional
Sexta - 01 de Setembro de 2006 às 13:11

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A Polícia Federal do Rio Grande do Sul informou que foram encontrados cerca de R$ 40 mil com os 26 presos em Porto Alegre, "que seria dinheiro roubado do Banco Central (BC), em Fortaleza (CE), no dia 5 de agosto de 2005". O delegado responsável pelo caso acredita que o dinheiro "estaria financiando as ações do PCC em todo o País, inclusive no Rio Grande do Sul".

A polícia confirmou que os presos são integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo se preparava para assaltar as agências da Caixa Econômica Federal e do Banco Estadual do Rio Grande do Sul (Banrisul), localizadas na praça da Alfândega, no centro da cidade.

Segundo o delegado José Francisco Mallmann, há cerca de dois meses, quatro integrantes da quadrilha começaram a cavar um túnel em direção às agências centrais das duas entidades bancárias e "a previsão deles era de que em dez dias chegariam aos cofres".

Ele disse que a PF, que acompanha a quadrilha desde que chegou a Porto Alegre, já tinha elementos suficientes de que eles estavam escavando esse túnel para roubar os cofres dos dois bancos. "Aos vizinhos, eles diziam que eram pedreiros, para justificar os trabalhos constantes em um prédio desocupado que pertence ao governo".

O delegado disse ainda, que o túnel construído era bem estruturado e os criminosos tinham até cilindros de oxigênio para usar durante as escavações. Mallmann explicou que a quadrilha tinha uma promessa de compra e venda edifício construído pelo antigo Banco Nacional da Habitação (BNH). O prédio, repassado ao Ministério da Saúde, estava à venda e no início do ano chegou a ser invadido por sem-teto. "Se eles tivessem só alugado, não poderiam fazer modificações", explicou o policial.

O delegado destacou que a ação, que envolveu 100 policiais federais, foi antecipada "para evitar danos ao patrimônio das instituições bancárias e que o roubo fosse nesse final de semana". Conforme o superintendente, a quadrilha estava muito bem estruturada e a maioria dos presos são oriundos de São Paulo. De acordo com a polícia, o dinheiro roubado em Porto Alegre seria utilizado no financiamento do narcotráfico e de ações do PCC.

Mallmann disse que agora a PF vai identificar "um a um" os 26 presos "porque há indícios de que todos eles estão com documentos falsos". Ele também pretende descobrir como os bandidos entrariam nos cofres sem disparar os alarmes. Ele informou que não tem indícios ainda sobre a participação de funcionários dos bancos no crime.

Também participam da operação da Polícia Federal, deflagrada na manhã de hoje em Porto Alegre, agentes em São Paulo, onde estão sendo presas pessoas ligadas à facção criminosa.





Fonte: Terra

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