Estado discute com profissionais sobre os benefícios do parto normal
O encontro que teve início nesta quarta-feira (30.08) se encerra hoje (31.08) no final da tarde com a participação de noventa profissionais dos municípios de Peixoto de Azevedo, Colíder, Juína, Juara e Sinop. Em Cuiabá a 1ª reunião aconteceu com representantes do Ministério da Saúde, em julho deste ano e a partir de agora a Saúde está repassando todas as informações obtidas aos pólos regionais.
Dentre os temas que estão sendo abordados nesse encontro estão a Humanização da Assistência ao Parto e Nascimento baseada em evidências científica, Avaliação crítica do tipo de parto, Situação da assistência obstétrica em Mato Grosso, Uso do partograma no trabalho de parto, Transmissão vertical e Organização da Rede Hospitalar. A metodologia aplicada foi de debates, apresentação de trabalhos, discussões em grupo e propostas de pactuação.
Conforme Oliani Godoy, é importante que o profissional da saúde converse com a gestante sobre a assistência humanizada na hora do parto para orientá-la sobre seus direitos. “É fundamental que a futura mãe receba todas as informações sobre o próprio parto e os procedimentos que serão adotados durante todo o processo. Uma gestante informada sobre os seus direitos e os benefícios de um parto natural irá participar melhor no pré-natal, no trabalho de parto e no pós-parto”, informou.
PARTO NORMAL- O parto normal traz inúmeras vantagens para a gestante e para o bebê.A recuperação da mãe é mais rápida e ela também se sente mais disposta para amamentar e cuidar do seu bebê, que por sua vez tem menor risco de nascer prematuro e com problemas respiratórios. Outro benefício do parto normal apontado é a freqüência menor de complicações para a mulher, como hemorragia, infecção puerperal e dor após o parto.
ESTATÍSTICAS - O Brasil apresenta uma taxa de cesáreas de 28% no Sistema Único de Saúde (SUS), sendo que na rede privada este percentual chega a 90%. O aceitável, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de 15%. Em Mato Grosso, a taxa de cesáreas é em torno de 36% no SUS e na rede particular de 80%. Em relação à cesariana o risco de morte é de 6 óbitos para cada 100 mil procedimentos. No mundo, cerca de 500 mil mulheres morrem por complicações na gravidez, parto, aborto ou puerpério.
Comentários