PM reforça policiamento em SP ao menos até domingo

A Polícia Militar deve manter pelo menos até o próximo domingo seu efetivo triplicado nas ruas de São Paulo. O reforço no policiamento foi iniciado ontem, data em que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) comemora 13 anos de fundação. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, nenhuma ação do grupo foi registrada ontem.

A facção foi criada em 31 de agosto de 1993 na Casa de Custódia de Taubaté, a 130 km de SP.

Segundo o pesquisador e jornalista Carlos Amorim, autor de dois livros sobre crime organizado no Brasil, os presos José Márcio Felício, conhecido como Geleião, César Augusto Roris da Silva, o Cesinha, e Marcos Camacho, o Marcola, estavam entre os que haviam sido transferidos da capital para o presídio no interior. E, após o jogo contra internos do presídio, resolveram usar o nome dado ao time para a organização.

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), disse ontem ao jornal Folha de S.Paulo que não se importa com a data, mas que o nascimento do PCC precisa ser estudado. "Tenho uma solicitação às universidades para trabalharem como nasceram as facções no Brasil", afirmou.

O pefelista cobrou mais rigor com organizações criminosas que possuam ramificações no exterior, em referência ao seqüestrador do publicitário Washington Olivetto, em 2001, o chileno Maurício Hernandez Norambuena.

Na noite de terça-feira, três agências bancárias foram alvos de ataques, duas na capital e outra em Ribeirão Preto. Na mesma cidade do interior, o Centro de Detenção Provisória foi atacado. Em São Bernardo do Campo, na região metropolitana, uma base da Polícia Militar foi alvo de disparos.

Em Santos, no litoral paulista, homens armados em uma motocicleta atiraram contra o vigia de uma escola. Segundo a polícia, os atos podem não ter sido praticados por organizações criminosas, já que alguns demonstraram amadorismo.