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Internacional
Sexta - 01 de Setembro de 2006 às 06:03

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Várias reservas animais da China pediram ao Governo que suspenda o veto ao comércio de ossos de tigre, usados na medicina tradicional desde a antiguidade, revelaram hoje grupos de defesa dos animais.

Em comunicado conjunto, seis das principais organizações conservacionistas internacionais pediram a Pequim que não ceda às pressões. Se a proibição for suspensa, afirmam, a grande demanda de ossos no país representaria um risco evidente para a sobrevivência da espécie, ameaçada de extinção.

O alerta das organizações Conservation International, Traffic, International Fund for Animal Welfare (IFAW), Wildlife Conservation Society, Fundo Mundial da Natureza (WWF) e Save the Tiger Fund coincide com a entrada hoje em vigor da primeira lei chinesa sobre tráfico de espécies protegidas.

"Esperamos que a China, no espírito desta nova legislação e preparando-se para os Jogos Verdes de 2008, mantenha seu compromisso com a proibição de comerciar com qualquer parte do tigre, imposta em 1993", afirma no comunicado Grace Ge, diretora da IFAW na Ásia.

A nova legislação preenche um vácuo legal que vinha fazendo do país um dos mais afetados pelo tráfico de animais ameaçados. Agora, eles só poderão entrar ou sair do país em casos especiais, como a pesquisa científica, a criação em cativeiro e os intercâmbios culturais.

A China é o único país do mundo onde as duas grandes espécies de tigre, o de Bengala e o siberiano, são nativas.

No entanto, "calcula-se que restem menos de 20 tigres siberianos em liberdade no nordeste, e cerca de 30 de Bengala no sudoeste, na fronteira com a Birmânia e o Laos", disse Xie Yan, da Academia de Ciências Sociais da China, citado hoje pela agência estatal "Xinhua".

Para evitar a extinção, os zoólogos chineses utilizam técnicas de laboratório desde os anos 90 e, segundo anunciaram recentemente, conseguiram elevar a 4 mil a sua população em cativeiro.




Fonte: EFE

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