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Cidades/Geral
Sexta - 01 de Setembro de 2006 às 02:31
Por: Téo Menezes

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O Ministério Público Federal (MPF) em Mato Grosso denunciou ontem mais 59 pessoas por envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Nove são ex-deputados federais, 49 assessores parlamentares e um servidor do Ministério da Saúde - confira relação no quadro à direita. Ao todo, já foram denunciadas 140 pessoas à Justiça.

Com a nova denúncia, que inclui corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, sobe para 19 o número de ex-deputados denunciados no esquema de superfaturamento de preço de ambulâncias compradas a partir de emendas parlamentares. Os assessores somam 79, enquanto os servidores da Saúde chegam a cinco.

Nenhum dos ex-deputados denunciados ontem é de Mato Grosso. Entre os assessores, cinco ou seis têm residência no Estado e trabalham para parlamentares mato-grossenses.



De acordo com os procuradores Paulo Gomes e Marcelo Medina, responsáveis pela denúncia, as informações completas sobre os envolvidos não foram divulgadas porque alguns dos funcionários do Congresso cometeram as irregularidades quando trabalhavam em outros gabinetes. A nova denúncia resultou de escutas telefônicas, depoimentos prestados à Justiça e informações repassadas a Mato Grosso pelo Ministério Público Federal de outros Estados. Até o momento, apenas o MPF do Amazonas não contribuiu com as investigações.

"Grande parte desses nomes estavam em listas encontradas nas sedes das empresas envolvidas no esquema. Acontece que, somente agora, conseguimos cruzar informações e chegar a essas pessoas", relatou ontem o procurador federal Marcelo Medina, que não descarta denunciar novas pessoas.

De acordo com Paulo Gomes, os ex-deputados recebiam propina de 10% a 20% por cada emenda apresentada para beneficiar o esquema.

Os assessores parlamentares recebiam diferentes valores para contribuir com a lavagem de dinheiro, já que ofereciam as contas bancárias para disfarçar a origem dos recursos.

Com a denúncia, os casos passam a ser julgados pela 2ª Vara da Justiça Federal. Nenhum dos envolvidos tem foro privilegiado, já que não ocupam mandatos eletivos.




Fonte: A Gazeta

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