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Polícia Brasil
Sexta - 01 de Setembro de 2006 às 02:28

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Os restos mortais da empresária Edna Tosta Gadelha de Souza, 52 anos, foram enterrados nesta tarde no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul. Apenas os membros inferiores da empresária foram enterrados. A parte superior do corpo não foi localizada.

Depois de um curto velório, o cortejo seguiu sob o choro e os soluços de amigos e familiares. Cerca de 300 pessoas acompanharam a despedida em silêncio quase absoluto.

Por cima do caixão lacrado, na altura do busto, o filho mais velho da empresária, Fábio, colocou um porta retrato com a foto da mãe, sorridente, antes do túmulo ser fechado. A família pediu que a imprensa mantivesse distância durante o velório e o enterro.

O marido de Edna, Marco Aurélio Gadelha de Souza, esteve no Instituto Médico Legal (IML), no Centro, pela manhã para cuidar da documentação do corpo. Acompanhado do filho e de um amigo da família, ele se limitou a dizer que "a polícia está fazendo sua parte", embora quisesse que as buscas pela parte superior do corpo da empresária continuassem.

Muito abalado, Fábio pediu aos funcionários da Santa Casa que colocassem dentro do caixão um lençol amarelo bordado, do enxoval de Edna. Marco Aurélio esperou pela certidão de óbito de cabeça baixa o tempo todo. O caixão chegou ao cemitério às 11h20 e foi enterrado por volta de 14h.

Manifestação Na próxima segunda-feira, estudantes do curso de Administração da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), colegas de Larissa, prometem protestar pela morte da empresária, em frente ao Palácio Guanabara, em Laranjeiras. Eles estarão vestidos de preto, para pedir mais segurança às autoridades.

Edna foi esquartejada pelo vigia Juarez José de Souza, 29 anos, na segunda-feira. O assassino foi preso na terça-feira e disse que se ofendeu por ter sido chamado de "magrinho". Ele partiu a vítima ao meio com um serrote e depositou os membros inferiores em uma lata de lixo na rua Sorocaba, em Botafogo. O membros superiores foram jogados, segundo o assassino, em uma outra lata de lixo, perto do 2º BPM (Botafogo).

Ontem, a polícia fez buscas no Lixão de Gramacho, em Duque de Caxias, para encontrar a parte superior. Mas não teve sucesso. As chances de localização, segundo o delegado da 10ª DP (Botafogo), Rodrigo Oliveira, responsável pelo caso, são remotas. "As buscas foram suspensas. Agora é contar com a sorte, se alguém achar", comentou.




Fonte: O Dia

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