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Bush alerta para conseqüências de atitude do Irã
O presidente americano, George W. Bush, criticou o Irã nesta quinta-feira por não ter cumprido o prazo determinado pelo Conselho de Segurança da ONU para abandonar suas atividades nucleares.
"É hora de o Irã fazer uma escolha", afirmou Bush. "Nós fizemos a nossa escolha. Nós vamos continuar a trabalhar com os nossos aliados para encontrar uma solução diplomática."
"Mas a atitude desafiadora do Irã deve ter conseqüências e nós não devemos permitir que o Irã desenvolva uma arma nuclear", acrescentou o presidente americano, diante de veteranos de guerra reunidos em uma convenção em Salt Lake City, no Estado de Utah.
As declarações de Bush foram a primeira reação do presidente após o anúncio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de que o Irã teria iniciado uma nova fase de enriquecimento de urânio na terça-feira.
'Natureza pacífica'
Depois da divulgação de informações sobre o relatório da AIEA, o vice-líder da agência nuclear iraniana, Mohammad Saeedi, disse que o documento "não é negativo" para o Irã.
De acordo com Saeedi, não há nenhum sinal no relatório de que o programa nuclear iraniano não seja pacífico.
Em Nova York, no entanto, o embaixador americano na ONU, John Bolton, rebateu as declarações das autoridades iranianas.
Bolton afirmou que o relatório é "curto e claro" e que a AIEA concluiu que, "depois de todos esses anos tentando, ainda não tem condições de confirmar a natureza pacífica do programa nuclear do Irã".
De acordo com o embaixador americano, "na linguagem da AIEA e do sistema internacional", o relatório reforça o "receio" (dos Estados Unidos) de que o Irã esteja buscando armas nucleares."
Já o ministro de Relações Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy, disse que seu país lamenta a resposta "insatisfatória" do Irã, mas permanece "convencido de que o caminho do diálogo deve permanecer aberto".
Rússia e China, que assim como Estados Unidos, França e Grã-Bretanha têm direito a veto no Conselho de Segurança da ONU, já haviam pedido paciência aos países envolvidos na discussão e avisado que não pretendem apoiar punições severas ao Irã.
Sanções
O Conselho de Segurança da ONU havia pedido à AIEA que anunciasse no dia 31 de agosto se o Irã havia acatado uma resolução do dia 31 de julho que pedia que o país paralisasse suas atividades nucleares.
O prazo terminou às 13h desta quinta-feira, hora de Brasília. A confirmação da conclusão da AIEA de que o Irã descumpriu a determinação pode levar à adoção de sanções contra o país por parte do Conselho de Segurança da ONU.
Os Estados Unidos já deixaram claro que acreditam que o Irã esteja usando seu programa nuclear com o objetivo de desenvolver armas atômicas e defendem a aplicação de sanções.
Por outro lado, uma fonte da AEIA ouvida pela agência de notícias France Presse (AFP) disse que o órgão não encontrou "prova concreta" de que o programa iraniano é de natureza militar.
"É hora de o Irã fazer uma escolha", afirmou Bush. "Nós fizemos a nossa escolha. Nós vamos continuar a trabalhar com os nossos aliados para encontrar uma solução diplomática."
"Mas a atitude desafiadora do Irã deve ter conseqüências e nós não devemos permitir que o Irã desenvolva uma arma nuclear", acrescentou o presidente americano, diante de veteranos de guerra reunidos em uma convenção em Salt Lake City, no Estado de Utah.
As declarações de Bush foram a primeira reação do presidente após o anúncio da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) de que o Irã teria iniciado uma nova fase de enriquecimento de urânio na terça-feira.
'Natureza pacífica'
Depois da divulgação de informações sobre o relatório da AIEA, o vice-líder da agência nuclear iraniana, Mohammad Saeedi, disse que o documento "não é negativo" para o Irã.
De acordo com Saeedi, não há nenhum sinal no relatório de que o programa nuclear iraniano não seja pacífico.
Em Nova York, no entanto, o embaixador americano na ONU, John Bolton, rebateu as declarações das autoridades iranianas.
Bolton afirmou que o relatório é "curto e claro" e que a AIEA concluiu que, "depois de todos esses anos tentando, ainda não tem condições de confirmar a natureza pacífica do programa nuclear do Irã".
De acordo com o embaixador americano, "na linguagem da AIEA e do sistema internacional", o relatório reforça o "receio" (dos Estados Unidos) de que o Irã esteja buscando armas nucleares."
Já o ministro de Relações Exteriores da França, Philippe Douste-Blazy, disse que seu país lamenta a resposta "insatisfatória" do Irã, mas permanece "convencido de que o caminho do diálogo deve permanecer aberto".
Rússia e China, que assim como Estados Unidos, França e Grã-Bretanha têm direito a veto no Conselho de Segurança da ONU, já haviam pedido paciência aos países envolvidos na discussão e avisado que não pretendem apoiar punições severas ao Irã.
Sanções
O Conselho de Segurança da ONU havia pedido à AIEA que anunciasse no dia 31 de agosto se o Irã havia acatado uma resolução do dia 31 de julho que pedia que o país paralisasse suas atividades nucleares.
O prazo terminou às 13h desta quinta-feira, hora de Brasília. A confirmação da conclusão da AIEA de que o Irã descumpriu a determinação pode levar à adoção de sanções contra o país por parte do Conselho de Segurança da ONU.
Os Estados Unidos já deixaram claro que acreditam que o Irã esteja usando seu programa nuclear com o objetivo de desenvolver armas atômicas e defendem a aplicação de sanções.
Por outro lado, uma fonte da AEIA ouvida pela agência de notícias France Presse (AFP) disse que o órgão não encontrou "prova concreta" de que o programa iraniano é de natureza militar.
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/278566/visualizar/
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