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Terapia experimental cura dois casos de câncer nos EUA
WASHINGTON - Cientistas do governo dos Estados Unidos salvaram dois homens que estavam morrendo de melanoma ao alterar geneticamente os glóbulos brancos do sangue dos pacientes, induzindo as células a atacar os tumores, no que é considerado o primeiro sucesso significativo no uso de terapia genética contra o câncer.
Os pacientes parecem livres da doença, passados dois anos da intervenção experimental, mas o procedimento não é uma cura garantida: quinze outras vítimas de melanoma não foram salvas pela terapia. Por isso, o Instituto Nacional do Câncer (NCI) dos EUA está tentando reforçar o procedimento.
A despeito disso, especialistas alegam que o trabalho, divulgado em artigo da revista Science, é um avanço importante: uma terapia genética capaz de combater o câncer já em estado avançado, quando o mal se encontra espalhado pelo corpo. O instituto espera começar em breve a testar a técnica contra tipos de câncer mais comuns que o melanoma, como o de mama e do cólon.
Os médicos não são capazes de prever as perspectivas dos dois homens salvos no longo prazo: o melanoma, a forma mais agressiva do câncer de pele, é conhecido por retornar anos depois de parecer ter sido curado. "Estou curado por agora", disse Mark Origer, 53 anos, após um check-up no NCI.
A abordagem ainda é experimental, e vai requerer anos de pesquisas. "Este é um primeiro passo", adverte o médico Len Lichtenfeld, da Sociedade Americana do Câncer. "Temos de ter cuidado para não elevar demais as esperanças".
O médico Steven Rosenberg, do NCI, conduz há tempos pesquisas sobre como o sistema imunológico do corpo pode ser levado a combater o câncer. Glóbulos brancos chamados linfócitos T caçam germes e outros tecidos estranhos ao corpo. Infelizmente, do ponto de vista do linfócito as células de câncer são muito parecidas com células saudáveis.
Em 2002, Rosenberg descobriu um pequeno número de células T que combatiam o câncer em pacientes com melanoma avançado. Ele literalmente retirou as células do sangue dos pacientes, cultivou bilhões de cópias em laboratório e, suprimindo o sistema imunológico normal dos pacientes, injetou neles as células sobressalentes. Metade dos voluntários melhorou.
Mas poucos pacientes de melanoma produzem um número suficiente de células T combatentes do câncer para que os médicos consigam extrair alguma do sangue, e células T que combatem outros tipos de tumor são virtualmente impossíveis de encontrar. Então, Rosenberg e colegas passaram a criar combatentes de tumor por projeto, manipulando geneticamente linfócitos T normais, extraídos de vítimas de melanoma, e injetando o produto da transformação de volta no corpo dos voluntários.
Em 15 dos pacientes que se submeteram à manipulação, as células T modificadas sobreviveram e se reproduziram, mas a taxas pequenas. Já Origer e outro paciente desenvolveram níveis altíssimos de células T por mais de um ano, enquanto os tumores encolhiam.
"Não é quimioterapia ou radiação, onde assim que acabou, acabou", disse Rosenberg. "Estamos dando células vivas, que continuam a agir no corpo".
Origer tinha a esperança de sobreviver, pelo menos, até o casamento da filha, quando iniciou o tratamento experimental, em dezembro de 2004. Um mês depois, conta ele, médicos do NCI chegaram sorrindo e disseram que o tumor estava regredindo. Quando Origer conduziu a filha pelo corredor da igreja, um ano atrás, apenas um pequeno tumor permanecia visível em seu corpo, no fígado. Esse ponto foi removido por cirurgia.
Os pacientes parecem livres da doença, passados dois anos da intervenção experimental, mas o procedimento não é uma cura garantida: quinze outras vítimas de melanoma não foram salvas pela terapia. Por isso, o Instituto Nacional do Câncer (NCI) dos EUA está tentando reforçar o procedimento.
A despeito disso, especialistas alegam que o trabalho, divulgado em artigo da revista Science, é um avanço importante: uma terapia genética capaz de combater o câncer já em estado avançado, quando o mal se encontra espalhado pelo corpo. O instituto espera começar em breve a testar a técnica contra tipos de câncer mais comuns que o melanoma, como o de mama e do cólon.
Os médicos não são capazes de prever as perspectivas dos dois homens salvos no longo prazo: o melanoma, a forma mais agressiva do câncer de pele, é conhecido por retornar anos depois de parecer ter sido curado. "Estou curado por agora", disse Mark Origer, 53 anos, após um check-up no NCI.
A abordagem ainda é experimental, e vai requerer anos de pesquisas. "Este é um primeiro passo", adverte o médico Len Lichtenfeld, da Sociedade Americana do Câncer. "Temos de ter cuidado para não elevar demais as esperanças".
O médico Steven Rosenberg, do NCI, conduz há tempos pesquisas sobre como o sistema imunológico do corpo pode ser levado a combater o câncer. Glóbulos brancos chamados linfócitos T caçam germes e outros tecidos estranhos ao corpo. Infelizmente, do ponto de vista do linfócito as células de câncer são muito parecidas com células saudáveis.
Em 2002, Rosenberg descobriu um pequeno número de células T que combatiam o câncer em pacientes com melanoma avançado. Ele literalmente retirou as células do sangue dos pacientes, cultivou bilhões de cópias em laboratório e, suprimindo o sistema imunológico normal dos pacientes, injetou neles as células sobressalentes. Metade dos voluntários melhorou.
Mas poucos pacientes de melanoma produzem um número suficiente de células T combatentes do câncer para que os médicos consigam extrair alguma do sangue, e células T que combatem outros tipos de tumor são virtualmente impossíveis de encontrar. Então, Rosenberg e colegas passaram a criar combatentes de tumor por projeto, manipulando geneticamente linfócitos T normais, extraídos de vítimas de melanoma, e injetando o produto da transformação de volta no corpo dos voluntários.
Em 15 dos pacientes que se submeteram à manipulação, as células T modificadas sobreviveram e se reproduziram, mas a taxas pequenas. Já Origer e outro paciente desenvolveram níveis altíssimos de células T por mais de um ano, enquanto os tumores encolhiam.
"Não é quimioterapia ou radiação, onde assim que acabou, acabou", disse Rosenberg. "Estamos dando células vivas, que continuam a agir no corpo".
Origer tinha a esperança de sobreviver, pelo menos, até o casamento da filha, quando iniciou o tratamento experimental, em dezembro de 2004. Um mês depois, conta ele, médicos do NCI chegaram sorrindo e disseram que o tumor estava regredindo. Quando Origer conduziu a filha pelo corredor da igreja, um ano atrás, apenas um pequeno tumor permanecia visível em seu corpo, no fígado. Esse ponto foi removido por cirurgia.
Fonte:
AP
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/278569/visualizar/
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