Publicidade
Repórter News - reporternews.com.br
Economia
Quinta - 31 de Agosto de 2006 às 23:59

    Imprimir


O fraco crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no segundo trimestre, divulgado pela manhã, impediu o mercado financeiro de comemorar hoje o corte de juros além do esperado efetuado pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) na quarta-feira à noite.

A Bovespa oscilou entre o patamar mínimo de 36.013 pontos e o máximo de 36.606 pontos e fechou aos 36.232 pontos, em queda de 0,22%, com giro de R$ 2,527 bilhões. No mês de agosto, a Bolsa perdeu 2,28%.

Na quarta-feira, o Copom decidiu reduzir a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 0,5 ponto percentual, para 14,25% ao ano. A aposta majoritária entre os economistas, entretanto, era de um corte de 0,25 ponto percentual.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a economia brasileira teve expansão de 0,5% no segundo trimestre em relação aos três primeiros meses deste ano --foi o pior desempenho desde o terceiro trimestre de 2005, quando houve recuo de 1,2%. A expectativa dos analistas era de um avanço entre 0,5% e 0,7%.

A mudança de clima em Wall Street também contribuiu para o desânimo entre os investidores no mercado acionário brasileiro nesta quinta-feira. A Bolsa de Nova York caiu 0,02%, para 11.381,15 pontos, e a Nasdaq (que reúne ações de empresas de tecnologia) teve baixa de 0,09%, aos 2.183,75 pontos.

Indicadores que mostraram que a economia dos Estados Unidos não está tão desaquecida quanto se temia e a inflação continua comportada animaram os investidores americanos, porém, depois de algumas sessões de otimismo, eles preferiram embolsar os lucros.

Os gastos do consumidor americano cresceram 0,8% em julho --o maior aumento dos últimos seis meses-- e a renda dos trabalhadores subiu 0,5%, de acordo com o Departamento do Comércio. Amanhã, sai o índice de desemprego.

O presidente do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA), Ben Bernanke, em uma conferência disse que a produtividade no país deve continuar crescendo.

Apesar da atuação do Banco Central, que neste mês realizou leilões de compras de divisas à vista quase diariamente --na operação de hoje, o corte ficou em R$ 2,1445-- e uma venda de contratos de swap reverso, o que equivale à aquisição de moeda no mercado futuro, o dólar comercial acumula desvalorização de 1,43% ante o real. No último dia de agosto, avançou 0,32%, vendido a R$ 2,145, mas os ingressos de recursos no mercado continuam grandes, por isso a sua tendência ainda é de queda apesar de o BC prosseguir com a redução dos juros.

O risco-país caía 1,34%, para 220 pontos.

Paralelo e turismo

O dólar paralelo ficou estável a R$ 2,33 e o turismo teve valorização de 0,89%, a R$ 2,25.





Fonte: Folha Online

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/278580/visualizar/