Futuro de Schumacher e Briatore agita bastidores
"É um tema do qual prefiro não falar agora. Haverá tempo para isso", limitou-se a responder Schumacher, de cuja decisão sobre se sai ou fica na Fórmula 1 também depende o destino do finlandês Kimi Raikkonen, isto porque o atual piloto de McLaren tem um acordo tanto com a Ferrari como com a Renault, este último condicionando o fim da negociação com a escuderia italiana se Schumacher continuar correndo.
A indefinição de Schumacher e o pedido de seu procurador, Willi Weber, para que a Ferrari não o force a decidir em Monza, como foi divulgado, levou a equipe de Maranello a avaliar a possibilidade de anunciar três pilotos para a próxima temporada dentro de dez dias.
Estes seriam o próprio Schumacher, Raikkonen e o brasileiro Felipe Massa, com uma boa performance no campeonato atual e que venceu o seu primeiro GP de Fórmula 1 no domingo, na Turquia.
"O Mundial continua em aberto", disse Schumacher que está decidido a diminuir a diferença de 12 pontos com o espanhol Fernando Alonso, que em Istambul somou dois pontos à vantagem sobre o alemão, a apenas quatro corridas do fim do campeonato.
O heptacampeão mundial disse inicialmente que não tomaria uma decisão antes do fim da temporada, cuja definição "ficará em aberto até o GP do Brasil", a última corrida do ano.
Schumacher se mostrou evasivo quando perguntando sobre o seu futuro, optando por falar do presente, confiante na conquista de quatro vitórias nas próximas corridas e que Massa tire algum ponto de Alonso daqui até a final.
"Diria que Felipe é mais determinante a estas alturas do campeonato do que Giancarlo Fisichella" (companheiro de Alonso na Renault), disse Schumacher, acrescentando que "na Ferrari estamos acostumados a trabalhar sob pressão".
O alemão disse que a Ferrari tem potencial para atingir seus objetivos e que o trabalho da equipe será determinante. Também reconheceu que "daqui até a final os pneus farão a diferença".
Schumacher, que acabou em sexto nos treinos livres em Monza, dominados pelo polonês Robert Kubica da BMW-Sauber, teve alguns problemas no carro que o impediram de concluir o dia como esperava. Kubica fez o tempo de 1'22"22 e ficou a dois décimos de segundo do italiano Giancarlo Fisichella.
Apesar do êxito da Renault na temporada anterior da Fórmula 1 e da possibilidade de repetir o feito na atual, o seu diretor-geral, Flavio Briatore, 56 anos, estaria considerando a possibilidade de sair. Ele próprio teria dito que não estará na Fórmula 1 no ano que vem. "Cansei de viajar o tempo todo e, além disso, acredito ter alcançado todos os meus objetivos", explicou o dirigente, segundo a revista inglesa Hello.
"Minhas prioridades mudaram. Quero melhorar minha qualidade de vida", acrescentou Briatore, em se referindo à retirada de um câncer há sete semanas.
Entrevistado pela imprensa italiana, Briatore disse que "ainda não decidi o que fazer no ano que vem" e antecipou que amanhã participará de uma reunião em Paris "na qual muitas coisas ficarão claras".
Briatore está há muitos anos na máxima categoria do automobilismo desportivo e é apontado como o descobridor de Schumacher e de Alonso, justamente os principais protagonistas da temporada atual da Fórmula 1.
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