Ahipar integra Grupo de Trabalho pelo recuperação do Taquari

A Ahipar (Administração da Hidrovia do Paraguai), empresa do Ministério dos Transportes com sede em Corumbá, passa a integrar o Grupo de Trabalho Interministerial criado em 7 de agosto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para definir e implementar ações visando a recuperando do rio Taquari.

O diretor do Departamento do Fundo Nacional de Infra-estrutura de Transportes, do Ministério dos Transportes Luiz Eduardo Garcia, comunicou a indicação do superintendente da Ahipar, Fermiano Yarzon, como membro do grupo. A Ahipar é a autoridade portuária no trecho brasileiro da Hidrovia do Paraguai (Cáceres-Porto Murtinho).

O Grupo de Trabalho é integrado ainda por representantes dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Desenvolvimento Agrário, da Integração Nacional, do Meio Ambiente, Planejamento, Orçamento e Gestão e dos Transportes e pela Ana (Agência Nacional de Águas).

O grupo interministerial criado por ato presidencial tem a responsabilidade de identificar também ações estratégicas para a proteção do Pantanal e sua bacia hidrográfica, com prazo de 90 dias para a conclusão do plano. Técnicos de organismos estaduais e municipais e organizações da sociedade civil darão suporte às reuniões de trabalho.

Intervenções – A agonia do Taquari, rio piscoso e navegável até os anos 80, traduz-se na maior agressão ambiental no Pantanal. O entupimento de seu leito, devido a ocupação desordenada do Cerrado no norte de Mato Grosso do Sul e na região do Araguaia em Mato Grosso, provocou a inundação permanente de 11 mil km2 na planície pantaneira. O desastre afetou 400 famílias de pequenos colonos e 100 fazendas.

O superintendente da Ahipar sobrevoou o Taquari recentemente e constatou que as intervenções técnicas devem respeitar o processo natural que ocorreu há mais de uma década, quando o rio rompeu-se e criou um novo canal. O antigo leito, do arrombado Zé da Costa à sua foz, no rio Paraguai, desapareceu ao longo de seus 82km.

A solução emergencial, segundo ele, será desobstruir os bancos de areia que reduz a calha do rio e garantir a navegabilidade do novo canal aberto a partir do arrombado Zé da Costa. Nesse trecho, o Taquari deixou de correr para o sul, deslocando-se a oeste para encontro com as águas de outros dois afluentes, os rios Negrinho e Paraguai-Mirim.