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Cidades/Geral
Quinta - 31 de Agosto de 2006 às 01:42

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De 1º a 30 de agosto, a Delegacia da Mulher da Capital registrou 170 ocorrências, praticamente cinco por dia, mais de 80% são de violência doméstica. Se somados, os números dos últimos 8 meses chegam a 1.206, uma média mensal de 151 casos. Há de se considerar a subnotificação, pois as mulheres em geral só buscam ajudam quando a situação dentro de casa já está insustentável.

Para o juiz titular do Juizado Especial Criminal da Capital, Mário Kono, se o Projeto de Lei (PLC 37/06), sancionado no último dia 7 e que cria regras mais rígidas para a violência doméstica, já estivesse instituído, é possível que as vidas de Jussandra Alves de Paula, 21, e até do marido, Wagner Silva Coelho, 21, que depois de matá-la se suicidou, fossem poupadas. "A prisão preventiva dele neste momento de descontrole emocional poderia ser a melhor saída para proteger todos os envolvidos".

A psicóloga do Núcleo Psicossocial da Central de Penas Alternativas (Cepa), Dainir Feguri, afirma que não existem meios de saber qual parceiro é um potencial assassino, mas é importante estar atento para qualquer ameaça direta ou velada. "A mulher precisa buscar ajuda logo no início e não entrar no jogo do agressor, se for preciso muda de endereço, de cidade, não deixa nenhuma pista até a poeira abaixar".

Mudança - Além de aumentar a pena máxima de um ano de detenção para três, a nova legislação, que deve ser instituída no próximo dia 22 de setembro, permite que os agressores sejam presos em flagrante ou tenham a prisão preventiva decretada. Também terão que deixar imediatamente a residência do casal. A mulher poderá ficar até seis meses afastada do trabalho sem perder o emprego se for constatada a necessidade de manutenção de sua integridade física ou psicológica. (RD)




Fonte: A Gazeta

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