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Saúde
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 20:42

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Profissionais de saúde de todo o país reúnem-se a partir de amanhã para discutir o consumo indiscriminado de medicamentos. O Seminário sobre Propaganda e Uso Racional de Medicamentos é uma promoção da Anvisa, apoiada pelas federações dos médicos (Fenam) e dos farmacêuticos (Fenafar).

A preocupação das autoridades sanitárias com o fenômeno do consumo sem critério de medicamentos se deve a seu impacto nos indicadores de Saúde Pública. A ingestão excessiva ou indevida e as reações adversas aos medicamentos lideram o ranking nacional de intoxicação há sete anos. E o problema não se limita ao Brasil. A Organização Mundial de Saúde (OMS) lidera uma campanha para combater este descontrole no acesso aos medicamentos verificados em diversos países.

A Anvisa realizou quatro seminários regionais: para a Região Nordeste, em Salvador (BA), em dezembro de 2005; para a Região Norte, no fim de março; para a Região Sul, em abril; e para a Região Sudeste, em junho. No encontro de três dias em Brasília, serão consolidadas as propostas apresentadas nos encontros regionais, com o objetivo de formular um plano de ação nacional.

Os cinco seminários fazem parte de uma estratégia da Agência para atuar em favor do uso racional de medicamentos e debater o impacto que a propaganda desses produtos exerce nos hábitos da população.

Além dos Seminários, a Anvisa mantém a monitoração permanente da propaganda de medicamentos e produtos voltados à saúde, o projeto das Farmácias Notificadoras e uma campanha de rádio para informar sobre o assunto.

Dados sobre sobre o uso não racional de medicamentos:

· 15% da população brasileira consome mais de 90% da produção farmacêutica. · 25-70% do gasto em saúde nos países em desenvolvimento correspondem a medicamentos, comparativamente a menos de 15% nos países desenvolvidos. · 50-70% das consultas médicas geram prescrição medicamentosa. · 50% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou usados inadequadamente.

· 75% das prescrições com antibióticos são errôneas. · Somente 50% dos pacientes, em média, tomam corretamente seus medicamentos. · Cresce constantemente a resistência da maioria dos microrganismos causadores de enfermidades infecciosas prevalentes.

·Aos dois anos de idade, algumas crianças receberam aproximadamente 20 aplicações medicamentosas injetáveis.

· A metade dos consumidores compra medicamentos para tratamento de um só dia. · 53% de todas as prescrições de antibióticos nos USA são feitas para crianças de 0 a 4 anos.





Fonte: Ministério da Saúde

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