Estado qualifica professores, alunos e comunidade da região Sudoeste
Na solenidade de abertura do encontro, que ocorreu na manhã desta quarta-feira (30/08), no auditório do centenário Colégio Imaculada Conceição (CIC), em Cáceres (a 225 km de Cuiabá), o superintendente-adjunto de Ensino e Currículo da Seduc, Suelme Evangelista, destacou a importância de se regionalizar os problemas ambientais. “Falamos muito e condenamos as ações que levam ao efeito estufa e às queimadas irregulares mas, contraditoriamente, juntamos as folhas que caem das árvores dos nossos quintais e ateamos fogo, algumas vezes dentro do próprio espaço escolar. Há, portanto, um distanciamento entre o que se prega na sala de aula e o que se faz no plano privado”, afirmou.
A Educação Ambiental, de acordo com Suelme, também está ligada às questões sociais. “Hoje o jovem e a criança numa sociedade extremamente consumista são educadas para serem irresponsavelmente imponderados, como pequenos reis, cheios de direitos. Precisamos repensar os seus valores e ações, pois aquele que respeita a si e aos seus colegas, também respeita o meio ambiente”, afirmou.
Já a coordenadora do PrEA, Débora Pedrotti, ressaltou que a visão das pessoas com relação ao meio ambiente é algo externo à sua vida. “As pessoas possuem vários conceitos de meio ambiente: natureza, recursos naturais, reciclagem, fóssil, degradação, lixo, poluição e desmatamento. Muitas vezes, isso desfoca o problema, pois a questão ambiental que permeia a sociedade também diz respeito ao modelo de desenvolvimento econômico, havendo a necessidade de se construir uma sociedade sustentável”, considerou Débora. Ela afirma que para acontecer a Educação Ambiental é necessária uma sensibilização coletiva: do professor, do aluno e da comunidade.
“A Educação Ambiental advém também do saber e da vivência local articulada com a experiência global. O desafio é conseguir que, por meio da escola e comunidade, possamos mudar os conceitos e atitudes perante o meio ambiente”, disse a coordenadora do PrEA. Nessa perspectiva, a Seduc incluiu no projeto PrEA a participação de alunos e comunidade. “Esse é o único evento formativo que conta com a participação de alunos e pessoas da comunidade”.
A Educação Ambiental na rede estadual de ensino faz parte do planejamento estratégico “Escola Atrativa”, que visa a movimentar e atualizar os currículos escolares, tornando o espaço escolar e a aprendizagem mais prazerosa e significativa. Por meio do PrEA, a Seduc, em parceria com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), instiga a comunidade escolar a desenvolver projetos ambientais escolares e comunitários. As pessoas que participam dos cursos trabalham como multiplicadores em suas comunidades. Oficinas Na programação do encontro em Cáceres constam quatro oficinas: “Estrutura de Papel: Arte e Diversidade na Educação Ambiental”, dada pelas professoras da Seduc, Ângela Maria dos Santos e Giselly Gomes; “Um ensaio sobre o turismo Sustentável”, ministrada pelos técnicos da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Aristides Soares de Andrade e Venina Campos; “Oficina para jovens: Com Vida e Coletivo Jovem”, oferecida por Ronaldo Feitosa Senra; e “Reutilização de Materiais”, dada pela técnica do Horto Florestal de Cuiabá. Com as oficinas, a monitora de projetos infantis do município de Conquista D´Oeste, Mariza Custódio Gomes, espera levar a cidade novas alternativas de sensibilização para o cuidado com o meio ambiente. “A Educação Ambiental pode ser trabalhada de diversas formas, buscando uma mudança nas práticas cotidianas das pessoas, como as palestras, oficinas e parcerias com instituições ligadas ao meio ambiente”, conclui. Participantes Os professores, alunos e comunidade que participam do encontro são de Cáceres, Araputanga, Campos de Júlio, Comodoro, Conquista D´Oeste, Curvelândia, Glória D´Oeste, Indiavaí, Jauru, Rio Branco, Nova Lacerda, Pontes e Lacerda, Porto Esperidião, Reserva do Cabaçal, Mirassol D´Oeste, Salto do Céu, São José dos Quatro Marcos, Sapezal, Lambari D´Oeste, Vale de São Domingos e Vila Bela da Santíssima Trindade.
Comentários