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Internacional
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 16:18

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A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) insistiu hoje na necessidade de ampliar as medidas de prevenção na América Latina e no Caribe no combate a possíveis ameaças do vírus da gripe aviária na região.

Em comunicado divulgado em Roma, onde tem sua sede, a FAO ressalta que é "muito importante" que os avicultores conheçam as características da doença para que possam reconhecê-la e notificar sua eventual aparição às autoridades "de forma imediata".

Para isso, a entidade divulgou um novo manual dirigido aos pequenos avicultores latino-americanos, no qual detalha medidas necessárias para que a biossegurança seja mantida neste setor de produção e sejam evitados contatos entre aves de curral e silvestres potencialmente infectadas.

"A informação tem como objetivo atender às necessidades das unidades de produção avícola. Por isso, o guia enfatiza medidas simples e de baixo custo para a prevenção e o controle da doença", apontou o chefe dos Serviços Veterinários da FAO, Joseph Domenech.

Acrescentou que a prevenção é "a arma mais eficaz para evitar danos maiores e fazer com que a América Latina permaneça livre desta doença fatal".

Em seu comunicado, a FAO adverte que, se a gripe aviária aparecer na região, a segurança alimentar dos grupos mais vulneráveis ficaria comprometida, e lembra que em países como o Peru 70% das proteínas animais consumidas provêm do setor avícola.

Também ressalta que o continente americano é o primeiro produtor mundial de aves de curral, com o Brasil na liderança desse quesito, e que esta indústria representa "uma importante fonte de renda e de empregos" em toda a região.

O analista em saúde animal Juan Lubroth, da FAO, advertiu, por sua vez, que o vírus poderia ser introduzido no continente pelas aves silvestres "que seguem uma rota de migração que vai da Sibéria oriental ao Alasca, ou da Islândia ao norte do Canadá".

A FAO aprovou recentemente quatro projetos regionais na América Latina para enfrentar a ameaça da doença, a fim de reforçar a capacidade dos países de gerar e compartilhar informações sobre o vírus H5N1 e estabelecer planos de alerta e reação frente a um eventual surto.





Fonte: EFE

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