Praias de Várzea Grande e Cáceres consideradas impróprias para banho

Duas praias localizadas em Várzea Grande e que tradicionalmente são usadas pela população para a prática de banho durante o verão foram interditadas por técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema). A fiscalização detectou uma grande quantidade de coliformes fecais na água colhida nos balneários. Devido à presença de dragas, uma praia de Cáceres também foi considerada imprópria para o banho.

Em Várzea Grande foram avaliadas as águas e encontradas grande quantidade de coliformes fecais nas praias das localidades de Bonsucesso e Praia Grande. Os técnicos também condenaram o uso da Praia Seca, localizada no município de Cáceres (Oeste, a 240 km de Cuiabá). Lá, porém, o motivo é o excesso de dragas que ocupam as margens e o leito do rio, tornando perigoso o uso para banho.

O levantamento foi feito pela Superintendência Recursos Hídricos da Secretaria de Estado Meio Ambiente (Sema), nos meses de julho e agosto deste ano. O objetivo do trabalho, que é periódico, é avaliar a qualidade da água nas principais praias fluviais do Estado, para comprovação ou não de suas condições para o uso da população.

O estudo foi realizado em 21 rios de Mato Grosso, duas baías e uma lagoa e em balneários - que são utilizados pela população para recreação. Foram realizadas cinco coletas para análise, sendo uma por semana, durante cinco semanas em cada praia. Foram avaliados vários itens, como: quantidade de coliformes fecais, presença de óleo, lixo, dragas e lançamento de esgoto.

As praias onde a água foi considerada imprópria para o banho serão interditadas pela Sema e não será permitida a presença de banhistas no local. Haverá placa de sinalização e fitas de isolamento. “É uma risco para a população, podendo haver contaminação por bactérias e o surgimento de doenças na pele. Por isso, faremos a interdição desses locais”, argumenta Luis Noqueli, superintendente de Recursos Hídricos da Sema.

A ação da Sema é amparada pela resolução 274 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), de 19 de novembro de 2000, que obriga o órgão ambiental do Estado a avaliar anualmente os balneários e praias usadas pela população para a prática de banho.

De acordo com a resolução, são consideradas impróprias para o banho as águas cujas amostras indicam números elevados de coliformes fecais (fezes), esgoto in natura, dejetos domésticos e lixo. (José Ribamar Trindade e Cristiane Guerreiro/Sema-MT)