Britânicos podem cortar tratamento de fertilidade a obesas
A organização recomendou ainda que mulheres muito magras (IMC abaixo de 19) ou classificadas como obesas (IMC entre 29 e 36) sejam obrigadas a ajustar seu peso antes de iniciar o tratamento.
Desajustes de peso podem colocar em risco tanto a saúde da mãe quanto da criança, ao possibilitar problemas como diabetes durante a gestação e pressão alta, alertaram os médicos.
“Mulheres obesas têm menos probabilidade de engravidar e mais probabilidade de ter problemas de saúde. Faz mais sentido tratar a obesidade antes de procurar tratamento de fertilidade”, disse o porta-voz da SBF, Richard Kennedy.
Recursos
O pedido para endurecer os critérios de acesso a tratamentos de fertilidade reflete a discussão, dentro da comunidade médica, sobre a racionalização dos recursos destinados à saúde.
Hoje, a orientação que norteia o serviço público britânico é que mulheres acima ou abaixo do peso sejam apenas alertadas sobre o risco de uma gravidez.
Essas mulheres já enfrentam restrições nos serviços de fertilidade oferecidos.
A porta-voz da organização de lobby Comment on Reproductive Ethics (Comentários sobre a Ética Reprodutiva, em tradução livre), Josephine Quintavalle, disse que o orçamento público deve focar grupos que mais poderiam ser beneficiados pelos serviços.
“Se há provas de que é difícil engravidar quando se está acima do peso, então a cura lógica para este tipo de infertilidade é encorajar a paciente a perder peso”, ela afirmou.
“Depois, se tudo der certo, a paciente poderia engravidar sem a necessidade de qualquer assistência.”
Usando a mesma lógica, a assistência à fertilidade já é negada pelo serviço público britânico a mulheres com mais de 40 anos.
A SBF recomendou ainda que mães solteiras e casais do mesmo sexo recebam a mesma prioridade que casais heterossexuais.
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