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Saúde
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 13:46

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O secretário estadual de Saúde, Augostinho Moro, tem viagem prevista para esta sexta-feira (01) em Tangará da Serra onde estará debatendo com secretários municipais da região e setor produtivo ações de enfrentamento da hantavirose. Dados da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa) informam que 90% dos casos confirmados da doença em Mato Grosso acontecem no Médio-Norte.

A hantavirose é transmitida por ratos. O aumento de caos focado na região se deve as condições de clima seco, quente, baixa umidade do ar e poeira. Outro fator é a oportunidade de alimento farto oriundo da produção de grãos e cana de açúcar. O sintoma se parece com uma gripe com febre alta e, se não tratado a tempo, evolui para um quadro de complicações graves dentro de quatro dias ou menos.

De maio de 1999 – ano que foi diagnosticado a primeira ocorrência da doença em Mato Grosso -- a agosto de 2006 a secretaria de Saúde recebeu notificação de 65 casos de Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH) sendo que a maior parte desses casos (26 notificações) foi registrada no município de Campo Novo do Parecis. Desses 65 casos, 53% evoluíram para a cura, colocando o Estado acima da média nacional.

Este mês, o Estado passou a disponibilizar serviço de diálise peritonial, beneficiando pacientes com suspeita de hantavirose e outros pacientes com problema renal em Tangará da Serra que já é referência na assistência à doença por possuir médicos especializados no diagnóstico e tratamento. Em Campo Novo do Parecis o Estado está implantando leito de estabilização para suporte no monitoramento clínico da doença.

Ainda como ação de controle da hantavirose a Secretaria de Saúde do Estado já viabilizou junto ao Ministério da Saúde (MS) a possibilidade da implantação do diagnóstico laboratorial, o que permitirá que os exames sejam feitos diretamente no Estado. Hoje o Ministério da Saúde só possui três laboratórios de referência para os exames: Evandro Chagas, no Pará, para onde são enviados os materiais de coleta de Mato Grosso, a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, e o Adolfo Lutz, em São Paulo.

A Superintendência de Vigilancia de Saúde do Estado já promoveu a capacitação dos profissionais de saúde, da região, para o enfrentamento da doença, com autoridades no assunto, e realizou fóruns para a população em geral, e públicos direcionados.

Uma outra investida do Estado no enfrentamento à hantavirose é o envolvimento das entidades civis organizadas, Secretarias municipais de Saúde e entidades representativas das atividades do setor rural, na busca de parceria com o Instituto de Defesa Agropecuário do Estado de Mato Grosso (Indea) e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) e na realização de ações casadas visando o controle da doença.

Pesquisa

O Ministério da Saúde, em conjunto com o Estado de Mato Grosso, o Centro de Controle de Doenças de Atlanta, E.U. A, o Laboratório Evandro Chagas (Belém do Pará) e a Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz) dão início à segunda fase da pesquisa “Dinâmica Populacional de Roedores Silvestres”, na segunda quinzena de setembro. A pesquisa ajudará o Ministério da Saúde e o Estado de Mato Grosso a conhecer melhor o problema da hantavirose e de como enfrentá-lo.

“Desde 1999, ano em que foi diagnosticado o primeiro caso da doença, acreditava-se que apenas dois tipos de roedores transmissores circulavam por Mato Grosso. O encerramento da primeira fase da pesquisa apontou mais um tipo de roedor, o oryzomys, enquanto permanece apenas um vírus circulante, a Laguna Negra.”, disse o sanitarista referencia da hantavirose de Mato Grosso, Aparecido Alberto Marques.





Fonte: Mídia News

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