Economia dos EUA avança menos que o esperado no 2o tri
O aumento nos investimentos empresariais compensou a queda registrada na construção de moradias, informou o governo.
Analistas consultados pela Reuters esperavam um avanço de 3 por cento para o PIB no segundo trimestre, ante a taxa de expansão de 2,5 por cento inicialmente divulgada pelo governo em julho.
Ainda assim, excluindo o último trimestre do ano passado, que foi fortemente afetado pelos efeitos do furacão Katrina, a taxa de expansão do segundo trimestre de 2006 foi a menor registrada desde o quarto trimestre de 2004, quando a economia norte-americana cresceu 2,6 por cento.
O núcleo do índice de preços PCE — incluído no PIB e acompanhado de perto pelo Federal Reserve— foi revisado levemente para baixo, para um avanço de 2,8 por cento, ante 2,9 por cento inicialmente informado. A última vez que o governo registrou um avanço dessa magnitude no núcleo do PCE — que exclui os preços voláteis de alimentos e energia— foi no primeiro trimestre de 2001.
As empresas gastaram mais em plantas, fábricas e edificações do que originalmente imaginado no segundo trimestre. O aumento de 22,2 por cento nos investimentos fixos não-residenciais foi o maior já registrado desde o segundo trimestre de 1994.
Entretanto, os investimentos em infra-estrutura residencial caíram 9,8 por cento, um sinal da desaceleração no mercado imobiliário do país. A queda verificada nesses investimentos foi a maior apurada desde o segundo trimestre de 1995, quando essa medida de investimento recuou 12,2 por cento, informou o Departamento de Comércio.
O Federal Reserve tem contado com uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia para manter a inflação sob controle. Na ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do dia 8 de agosto, divulgada na terça-feira, os integrantes do grupo mostraram estar preocupados com o aumento dos preços, mas pacientes em relação à necessidade de novas elevações da taxa de juro.
Na reunião do dia 8 de agosto o Fed interrompeu um ciclo de dois anos de elevações da taxa de juro, quando decidiu mantê-la em 5,25 por cento.
Comentários