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Internacional
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 09:30

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O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, criticou duramente os milicianos que disparam foguetes Qassam contra Israel, nesta quarta-feira, afirmando que a atitude traz "morte e destruição" aos palestinos.

"Os foguetes disparados contra Israel nos trazem morte e destruição", disse Abbas, pouco antes da reunião desta quarta-feira com o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.

Diante de centenas de funcionários da ANP que protestavam pelo atraso de salários em Ramala, Abbas questionou o motivo das mortes de "250 mártires em Gaza, além de milhares de feridos e milhares de casas destruídas".

Na última operação militar israelense contra a Faixa de Gaza, que começou no último domingo, morreram 16 palestinos, cinco deles nesta quarta-feira.

O Exército israelense matou centenas de palestinos em suas operações militares na Faixa de Gaza desde 25 de junho, quando milicianos seqüestraram o soldado israelense Gilad Shalit.

A ofensiva também tem como objetivo diminuir o lançamento de foguetes Qassam contra o Estado judeu, algo acontece freqüentemente.

Os manifestantes que compareceram ao discurso de Abbas responsabilizaram o Hamas, vencedor das eleições palestinas, pela crise financeira vivida na região.

O presidente da ANP também disparou contra o Hamas, criticando principalmente a política adotada pelos atuais governantes, com o lema de "sim à fome, não à rendição".

"Não serão vocês que morrerão de fome", disse Abbas dirigindo-se ao Governo do Hamas.

O presidente da ANP afirmou que o Governo deve "proteger os interesses do povo e proporcionar salários e ajuda".

No entanto, Abbas disse também que "a política de matar de fome os palestinos" não fará com que o povo desista, e afirmou que o boicote internacional ao Governo do Hamas significa também um castigo para a população.

A suspensão das ajudas ao Hamas provocou uma crise financeira na ANP e milhares de professores de escola ameaçam fazer greve a partir da próxima semana, quando começa o ano letivo.





Fonte: EFE

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