PCC completa 13 anos de existência em São Paulo
O grupo também é responsável pelas maiores rebeliões nas prisões paulistas nos últimos anos e está ligado ao tráfico de drogas, seqüestro e roubos de bancos, segundo a polícia. Acredita-se que a facção tem apoio de mais de 80% dos presos do Estado.
O PCC tem um estatuto, que exige dos criminosos que passam a integrar a rede lealdade e pagamento de uma contribuição financeira, uma espécie de dízimo. O dinheiro arrecadado tem coordenação única e serve para contratar advogados, resgatar presos e dar apoio financeiro para novos crimes.
Neste ano, a primeira onda de ataques ocorreu entre os dias 12 e 19 de maio, com quase 300 ações violentas. Paralelamente, cerca de 80 unidades prisionais iniciaram rebeliões em todo o Estado de São Paulo.
Outra série de ataques ocorreu entre 11 e 14 de julho. Quase cem ônibus foram incendiados ou atacados a tiros. No dia 12 de agosto, o seqüestro do repórter Guilherme Portanova e do auxiliar técnico Alexandre Calado foi o ápice da terceira onda de crimes cometidos pela facção.
Nas primeira horas do dia 13 de agosto de 2006, aproximadamente a meia noite e meia, um vídeo enviado para a Rede Globo de televisão, gravado em um DVD, foi transmitido, no plantão da emissora, para todo o Brasil, como exigência para a libertação do repórter. O DVD foi entregue à emissora pelo auxiliar, solto na noite anterior e encarregado pelo PCC de levar o vídeo à empresa.
Em 18 de fevereiro de 2001, o PCC coordenou 29 rebeliões simultâneas em São Paulo com um saldo de 30 mortos, a grande maioria alvo de disputas entre gangues rivais nas prisões. Em novembro de 2003, por mais de uma semana, o grupo foi responsável pelo ataque contra dezenas de delegacias com metralhadoras, bombas caseiras, escopetas e pistolas. No total, três agentes policiais foram mortos e 12 feridos.
A polícia tenta atacar os meios de ligação entre os integrantes do PCC presos e os criminosos em liberdade. Em várias ocasiões, foram descobertas centrais telefônicas que permitem o ordenamento de mortes, inclusive de policiais, e roubos, além da coordenação do tráfico. O uso de celulares dentro da prisão, já flagrado inclusive por câmeras, é apontado por delegados como principal fator na comunicação entre penitenciárias e facção.
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