Annan diz que fará o possível para libertar soldados seqüestrados
"Eu também sou marido e pai e entendo a dor das famílias", disse Annan hoje, em entrevista coletiva em Jerusalém, após a sua reunião com o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
Annan afirmou esta manhã que exigiu do Líbano a libertação imediata e incondicional dos soldados israelenses capturados pela milícia xiita libanesa Hisbolá. Além disso, ele se disse convencido da seriedade dos governantes do país e da sua vontade de resolver o assunto.
O secretário-geral da ONU disse que, na sua opinião, os dois soldados capturados pelo Hisbolá, dia 12 de julho, continuam vivos.
"Durante minha estadia no Líbano falei sobre o assunto com os mais altos dirigentes do Governo e com ministros pertencentes ao Hisbolá. Não tenho motivos para achar que estejam mortos", disse.
Annan também reforçou seu compromisso de fazer o possível para promover a aplicação completa da resolução 1.701 da ONU. Ele falou ainda da sua satisfação com a decisão dos países europeus de enviar soldados para as forças de paz no Líbano, que ocuparão o sul do país com a retirada das tropas israelenses.
Em resposta a uma pergunta sobre sua visita a Teerã, Annan afirmou que "as declarações do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, contra Israel são inaceitáveis. Israel é um membro da comunidade internacional reconhecido pela ONU e que tem direito à segurança".
Ele acrescentou, porém, que "ninguém vai acabar com Israel com declarações".
Annan explicou que precisa discutir muitas coisas com o dirigente iraniano e que, como secretário-geral da ONU, não tem outra forma de agir a não ser por meio do diálogo.
O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, afirmou que espera que o acordo de cessar-fogo "constitua o começo de uma nova realidade entre Israel e Líbano".
Annan, em viagem pelo Oriente Médio, deve se reunir ainda hoje com o vice-primeiro-ministro israelense Shimon Peres, com a ministra de Relações Exteriores, Tzipi Livni, e com o presidente palestino, Mahmoud Abbas.
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