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Nacional
Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 04:48

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Arqueólogos chineses descobriram um centro de desintoxicação do início do século 20, onde eram internados os viciados em ópio de um grande clã oriundo da atual província de Hunan, no sul do país, diz hoje a imprensa local.

O prédio, de 884 metros quadrados, foi construído em 1815. Em 1907, foi adaptado e se tornou um centro de reabilitação. Na época, a maioria dos jovens do clã familiar liderado por Li Huachun se viciou em ópio, uma droga que se espalhava por todo o país.

Li decidiu iniciar uma "cruzada" familiar contra a droga e obrigou mais de 80 dos viciados do clã a entrar para o centro, onde deviam passar três meses em abstinência.

Quem se negava era internado à força, explicaram os responsáveis pelo departamento de proteção de relíquias culturais de Changsha, capital provincial, citados pela agência estatal "Xinhua".

O uso da droga é um capítulo importante na história da China, que viveu entre 1830 e 1860 as chamadas Guerras do Ópio contra os britânicos. Elas começaram quando o imperador tentou acabar com o desenfreado consumo e comércio da droga.

No entanto, o império chinês sofreu duas humilhantes derrotas, que levaram à cessão de Hong Kong à Grã-Bretanha durante 150 anos e a décadas de dominação das potências ocidentais.

Além disso, a legalização do ópio levou a uma popularização ainda maior entre os chineses, com as célebres casas de ópio, que foram exportadas a outros países, como os Estados Unidos. Só em Pequim havia pelo menos 700 no começo do século passado.





Fonte: Terra

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