Centro de recuperação para viciados em ópio é descoberto na China
O prédio, de 884 metros quadrados, foi construído em 1815. Em 1907, foi adaptado e se tornou um centro de reabilitação. Na época, a maioria dos jovens do clã familiar liderado por Li Huachun se viciou em ópio, uma droga que se espalhava por todo o país.
Li decidiu iniciar uma "cruzada" familiar contra a droga e obrigou mais de 80 dos viciados do clã a entrar para o centro, onde deviam passar três meses em abstinência.
Quem se negava era internado à força, explicaram os responsáveis pelo departamento de proteção de relíquias culturais de Changsha, capital provincial, citados pela agência estatal "Xinhua".
O uso da droga é um capítulo importante na história da China, que viveu entre 1830 e 1860 as chamadas Guerras do Ópio contra os britânicos. Elas começaram quando o imperador tentou acabar com o desenfreado consumo e comércio da droga.
No entanto, o império chinês sofreu duas humilhantes derrotas, que levaram à cessão de Hong Kong à Grã-Bretanha durante 150 anos e a décadas de dominação das potências ocidentais.
Além disso, a legalização do ópio levou a uma popularização ainda maior entre os chineses, com as célebres casas de ópio, que foram exportadas a outros países, como os Estados Unidos. Só em Pequim havia pelo menos 700 no começo do século passado.
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