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Quarta - 30 de Agosto de 2006 às 01:56
Por: Alecy Alves

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Pelo menos 40 prédios de kitchenettes que estavam sendo construídos irregularmente em diferentes bairros de Cuiabá, principalmente próximos de universidades, foram embargados pela prefeitura nos últimos seis meses.

A maioria das obras paralisadas ficam em bairros como Jardim Europa e Grande Terceiro, vizinhos da Universidade de Cuiabá (Unic) e da Unirondon, além do Boa Esperança e do Santa Cruz, perto da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Através da “Operação Kitchenettes”, como essa ação está sendo denominada, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Smades) descobriu que nenhum dos imóveis tinha projeto aprovado na prefeitura, como exige a legislação.

Cerca de 25 proprietários apresentaram projeto de engenharia buscando a regularização. Entretanto, até agora menos da metade conseguiu sanar as irregularidades e obter a autorização necessária para recomeçar as obras.

O secretário-adjunto de Meio Ambiente, Gilson Nunes, explicou que para construir um imóvel ou fazer reforma que inclui ampliações, independente do bairro, é necessária a elaboração de projeto para aprovação na prefeitura.

No caso específico desses prédios, há uma série de exigências prevista no Código Municipal de Postura e Obras. Como exemplo, Gilson Nunes citou a obrigatoriedade de preservar 25% de área permeável, uma vaga de estacionamento para cada apartamento e condições de acesso para portadores de deficiências.

Essa operação já gerou dezenas de autos de notificação e multas que variaram entre R$ 4 mil e R$ 14 mil. Em alguns casos, segundo Nunes, os donos dos imóveis desrespeitaram o embargo e mantiveram a construção em andamento, obrigando os fiscais a acionar a polícia para apreensão de materiais de construção e equipamentos.

Agora, a operação vem fazendo o monitoramento das construções com o intuito de impedir que as obras recomecem sem que os responsáveis cumpram as exigências legais.

Gilson Nunes observou que a fiscalização da prefeitura não está atuando exclusivamente contra kitchenettes, mas de forma geral na cidade.

No caso desses pequenos apartamentos para estudantes, há um receio sobre a propagação em bairros residências e áreas onde esse tipo de construção é proibida. “Não queremos impedir as obras, mas que respeitem a legislação e ofereçam condições de moradia”, completou Nunes.




Fonte: Diário de Cuiabá

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