Técnico diz que perda da Copa do Brasil uniu Vasco
O técnico seguiu à risca o ditado que diz que "é preciso dar um passo para trás, para andar dois para frente", para motivar os jogadores. Hoje, acredita que a perda da vaga na Libertadores naquela ocasião sacudiu o elenco.
"Ninguém gosta de perder títulos e sei que nenhum deles aceitou bem o que aconteceu. É claro que só por atuar no Vasco, um jogador tem sempre de estar motivado, mas acredito que o sentimento do grupo ainda é de dívida com a torcida, por não ter obtido a vaga na Copa Libertadores", explica Renato Gaúcho.
Outro fator que contribuiu para que o Vasco subisse de produção é a melhora na defesa. No ano passado, o time teve a segunda pior defesa do Campeonato Brasileiro, à frente apenas da do Paysandu, com mais de dois gols sofridos por partida. Este ano, a média de gols tomados é de 1,4 por jogo.
Desde 2001, quando terminou com 1,33 gol sofrido por partida, o Vasco não tinha uma média tão baixa na competição. Nas últimas cinco rodadas, por exemplo, o time levou quatro gols. Em dois desses jogos, contra o Juventude e o Santos, ambos os jogos fora de casa, a defesa vascaína não foi vazada.
Mas Renato terá de mudar a zaga para o jogo de quinta-feira contra a Ponte Preta, em São Januário. Fábio Braz e Paulão levaram o terceiro cartão amarelo e estão suspensos. Em princípio, Éder deve jogar ao lado de Jorge Luiz.
Morais também é desfalque, pelo mesmo motivo. Para compensar, Ramon deve voltar ao time, recuperado de uma virose. Abedi também deve ganhar nova chance, já que é bem provável que o técnico use o 4-4-2.
Depois de levar o Vasco ao quarto lugar na tabela do Campeonato Brasileiro, o que credenciaria o time a uma das vagas para a Copa Libertadores, outros desafios esperam o técnico Renato Gaúcho. Se vencer a Ponte Preta quinta-feira em São Januário, o treinador poderá quebrar dois tabus, um do clube e outro pessoal.
O primeiro vem desde 2000, quando a equipe venceu quatro jogos seguidos no Brasileiro. Além disso, Renato Gaúcho jamais conseguiu quatro vitórias consecutivas como treinador.
Por cinco vezes, Renato chegou a levar um time que dirigia a vencer três vezes seguidas, duas pelo Fluminense e três pelo próprio Vasco. A última boa seqüência, sem contar a atual, foi antes da Copa do Mundo, quando bateu o Volta Redonda, por 2 a 1, pela Copa do Brasil, o Grêmio, pelo mesmo placar, no Estádio Olímpico, com o Expressinho vascaíno, pelo Brasileiro, e venceu o Fluminense por 1 a 0, também pela Copa do Brasil.
Renato Gaúcho diz que não está preocupado com os números, mas garante que acredita na quebra dos tabus. "Sempre coloco meu time em campo para vencer, principalmente jogando em casa. Mas temos de fazer por onde conseguir um bom resultado. Temos de respeitar o adversário e manter a seriedade, independentemente se o jogo for em casa ou fora", afirma Renato.
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